Extremo de 18 anos quer deixar a milhas os números da época passada e passou à prática
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Geovany Quenda foi um dos destaques da goleada do Sporting (4-1) ao Kairat Almaty, numa noite europeia que o extremo recordará para sempre e que reflete os passos em frente que quer dar.
Com o golaço em slalom para o 4-0, Quenda tornou-se no mais jovem português de sempre a faturar na Liga dos Campeões, com 18 anos, quatro meses e 20 dias. Supera, em cerca de meio ano, Gonçalo Guedes, num registo referente a 2015/16, ao serviço do Benfica, e, se englobarmos os dados da Taça dos Campeões Europeus (pré-1992), Quenda só fica atrás de António Simões, que marcou pelas águias com menos um mês, em 1961/62. Ao mesmo tempo, eis finalmente o primeiro golo do extremo em Alvalade, marca que o avançado queria muito atingir desde que se estreou pelo Sporting, na última temporada - também por isso o festejo foi tão efusivo que lhe valeu um cartão amarelo por ter tirado a camisola.
Muito mais do que uma promessa, ou já não tivesse sido garantido pelo Chelsea a partir de 2026/27, o camisola 7 do Sporting estabeleceu um compromisso pessoal de exigir mais e mais a ele próprio neste processo de afirmação ao mais alto nível. Nesse sentido, Quenda sabe que os números que tanto pesam nos atacantes, os golos e as assistências, têm de subir. E muito. Certo é que, ao fim de sete partidas, o internacional Sub-21 já tem quase tantas assistências como em toda a temporada anterior.
Anteontem, o passe para Alisson Santos estrear-se a marcar pelos verdes e brancos foi a quarta oferta, faltando apenas três para superar as de 2024/25. Quanto aos golos, abriu conta pessoal frente ao Kairat e quer ir muito mais além dos três que celebrou na temporada transata. Não só, logicamente, pelo bem coletivo, mas também por entender que são exigências incontornáveis para se sentar à mesa dos craques, mesmo que, como já se viu, não tenham sido precisas estatísticas muito gordas para convencer o Chelsea a investir 51 milhões de euros, num negócio que, à boleia de objetivos, poderá chegar aos 100 milhões de euros.
Para já e até ao fim de uma época que está nas primeiras curvas, ainda há tempo de o Sporting desfrutar e capitalizar o talento e a mentalidade de Quenda. Por seu turno, o extremo acredita que lhe está a ser benéfico jogar mais perto do último terço, em vez de atuar como médio-ala, como acontecia no sistema com três defesas.
Bons sinais de um jogador a quem Rui Borges apelidou de "fora de série" e que, tal como o Sporting fez na segunda parte do desafio da Champions, abriu o "ketchup". Se somarmos a Seleção de Sub-21, Quenda leva participações em golos há quatro partidas, após ter assistido frente ao Famalicão e à Escócia, e faturado diante do Azerbaijão.