Dragões não se viram gregos perante uma equipa que leva a palavra globalização ao expoente máximo
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O futebol nacional tem novos condimentos e a chegada de José Mourinho ao comando técnico do Benfica vai apimentar o campeonato, mas quem parece imperturbável no caminho do sucesso é o FC Porto, que superou com toda a autoridade o teste de Vila do Conde.
Num estádio que não promove a liga portuguesa, pelo menos na forma como a transmissão chega aos potenciais clientes estrangeiros, os dragões não se viram gregos perante uma equipa que leva a palavra globalização ao expoente máximo, utilizando jogadores de várias nacionalidades sem que algum dos poucos portugueses do plantel tenha tido a hipótese de pisar o relvado.
As transformações no Rio Ave são grandes, mas parece óbvio que os jogadores que não serviram para o Olympiacos também não dão conta do recado por cá, um tema que talvez justifique discussão em fóruns próprios.
Essa descaracterização do adversário foi aproveitada da melhor forma por Farioli, que desenhou um onze competente e ainda conseguiu poupar para a estreia europeia de quinta-feira, em Salzburgo. O que, desde já, oferece a José Mourinho a possibilidade de alimentar ainda mais a "fome de vencer" que anunciou manter na sua carreira durante a apresentação, antecipando desde já aquilo que vai ser a sua liderança na Luz, com a firme convicção de que é possível colocar o Benfica de novo na rota dos títulos.
Por enquanto, quem vai sorrindo é o dragão, que segue em alta velocidade e não dá sinais de querer abrandar.