Hugo Coelho, presidente do Beira-Mar desde 2017, continua a procurar "estabilidade" neste ano do regresso aos campeonatos nacionais. O triunfo sobre o Marítimo, para a Taça de Portugal, ajudou a mobilizar os adeptos.
Corpo do artigo
Sete anos depois de ter saído da I Liga e três anos apenas após ter subido da II Divisão Distrital à Divisão de Elite da AF Aveiro, o Beira-Mar reviveu este domingo momentos áureos, ao afastar da Taça de Portugal, no desempate por penáltis, o Marítimo, da I Liga. "Temos os pés bem assentes na terra. Não é por termos eliminado da Taça uma equipa da I Liga e por estarmos no lugar que estamos no campeonato [segundo lugar na série C do Campeonato de Portugal] que vamos redefinir os objetivos passados três meses", afirmou Hugo Coelho, presidente da Direção do Beira-Mar. "Sabemos o caminho que queremos percorrer e não vamos fugir daquilo a que nos propusemos no início da temporada. Este é o primeiro ano no Campeonato de Portugal, passámos quatro anos nos distritais, fruto de decisões que nos levaram para a II Divisão Distrital, e encarámos essa realidade com a mesma seriedade com que enfrentamos o futuro. O Beira-Mar procura a estabilidade, a proximidade aos adeptos, respeitando os adversários, como fizemos com o Marítimo e fazemos no nosso campeonato", acrescentou Hugo Coelho, engenheiro eletrónico e telecomunicações e diretor de um parque de Ciência, em Aveiro.
O orçamento do clube, que tem 16 modalidades, é de pouco mais de 600 mil euros e para o futebol, revelou Hugo Coelho, que assumiu a liderança do do clube em maio de 2017, "não é significativo, não chega 300 mil euros". Por isso, o presidente do Beira-Mar não se importava que o adversário, na quarta eliminatória da Taça de Portugal - sorteio está marcado para o dia 29 deste mês - seja um clube grande. "Recebermos um FC Porto ou um Benfica trará adeptos ao estádio e para nós a base são os adeptos do clube. Seria bom a nível de receita, mobilização, e um bom espetáculo, é o que queremos. Uma transmissão televisiva seria fantástico. E, por outro lado, não jogámos pontapé para a frente e temos este estádio que tem todas as condições para receber qualquer adversário. A seleção joga aqui, a supertaça também já foi cá várias vezes, portanto temos as condições para receber qualquer equipa e para a promoção do futebol e do Campeonato de Portugal um jogo desses seria sempre apetecível", concluiu o dirigente de 47 anos.
11427267