Ricardo Sousa, treinador do Beira-Mar, preferia uma equipa pequena como adversária na quarta eliminatória, isto depois de eliminar o Marítimo da Taça de Portugal
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Sobre o jogo e os adeptos: "Esta vitória é inteiramente dos adeptos. Aquilo que se registou hoje nas bancadas em Aveiro foi o trabalho feito pelos adeptos do Beira-Mar nos últimos cinco anos. O Beira-Mar está de volta. O Beira-Mar merece os adeptos que tem. Os adeptos não deixaram cair o clube e o clube, degrau a degrau, passo a passo, está a voltar ao seu melhor. Hoje, contra uma equipa da primeira divisão, foi um reviver do passado, perante tanto ano sem ter um jogo tão importante como este e os adeptos compareceram em força e a força que nos transmitiram para dentro do campo deu neste resultado bonito."
Vitória justa: "Perante um Marítimo difícil, fomos um super Beira-Mar organizado, competitivo, com um sentido de compromisso e com um sentido de pertença estonteante e, na minha opinião, foi uma vitoria justa pelo sofrimento que os jogadores conseguiram ter no meio de tanta contrariedade ao longo dos 120 minutos".
Próximo adversário: "Eu preferia que o próximo adversário fosse uma equipa pequena. Gostava de continuar a ultrapassar eliminatórias. Sabemos que financeiramente, se nós recebêssemos um FC Porto ou um Benfica, resolvíamos os problemas da época. Mas eu sou auspicioso, quero mais. Esta eliminatória só não chega, quero continuar a passar. Vamos esperar que o sorteio seja generoso, mas seja contra quem for, uma equipa dos distritais, ou da II Liga ou da I, o Beira-Mar vai jogar todos os jogos olho no olho."
Sem autocarro: "Seria muito fácil para mim chegar ao jogo com o Marítimo e meter um autocarro em frente à baliza e jogar em contra-ataque e esperar que tivéssemos um milagre, mas não foi isso que aconteceu. Pressionámos o jogo todo, quisemos bola, tivemos oportunidades, houve fases em que estivemos por cima, houve fases em que o Marítimo também esteve por cima, é o jogo. Foram 120 minutos sofridos também por algumas contrariedades que fomos tendo em termos de lesões, mas foram 120 minutos muito competitivos, muito interessantes. Quero dar os meus parabéns aos meus jogadores por aquilo que fizeram, mas dizer-lhes que isto não chega. Quero mais".