Treinador do União das Mercês, Rui Carvalho, considera "exagerada" a decisão do árbitro em acabar o jogo após a expulsão do seu jogador.
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O jogo entre o Casaínhos e o União das Mercês, para a sétima jornada do campeonato distrital da II Divisão da AF Lisboa, terminou na primeira parte por o árbitro, Ricardo Lourenço, entender que não estavam reunidas condições para continuar. A decisão do árbitro foi tomada depois de o jogador da equipa visitante, Manuel Nogueira, ter sido expulso e ter, alegadamente, agredido o juiz da partida.
Rui Carvalho, treinador do União das Mercês, considera que "sem querer branquear o que o nosso jogador fez, é um exagero ter terminado o jogo". Em declarações a O JOGO, o técnico do União das Mercês relatou o que viu para explicar por que razão defende que é inadequada a decisão do árbitro. "O penálti assinalado é indevido, mas o árbitro marcou. Quando se dirigiu ao auxiliar, este disse que não tinha visto nada. O meu atleta, Manuel Nogueira, estava a chamar nomes ao árbitro, viu o primeiro amarelo, o jogador voltou a insultá-lo e o árbitro, bem, mostrou-lhe o segundo amarelo, e nesta altura o meu jogador agarrou-lhe o braço e eventualmente terá tocado na cara. Fez o que por exemplo o Ronaldo fez", contou, acrescentando: "O árbitro deu o jogo como terminado por alegada falta de condições. Ficamos perplexos porque foi uma atitude exagerada, não havia motivos para acabar com o jogo. Não se passou rigorosamente mais nada", garantiu.
A Direção do Sporting Clube de Casaínhos "lamenta os factos provocados pela equipa visitante e não se revê em tais" e explica em comunicado o que se passou no jogo com o União das Mercês. "O jogo decorria com toda a normalidade até aos 19' quando o árbitro Ricardo Mendes Lourenço apontou uma infração de grande penalidade na área da equipa visitante que deu origem a alguns protestos por parte dos jogadores da mesma. Após a conversão com sucesso da grande penalidade, os jogadores da equipa da União das Mercês manifestaram-se sob a forma de protesto com o arbitro, tendo um jogador agido de forma inadequada. Perante o sucedido, o árbitro considerou que nesse momento não estavam reunidas as condições para prosseguir com o encontro, dando o mesmo por terminado. Mais informamos que não houve qualquer tipo de diálogo nem com jogadores, equipa técnica e público para com o árbitro da partida. Tanto que após a recolha à cabine os nossos jogadores voltaram ao campo para efetuar um treino".