Raio-x a um dragão invulgar: FC Porto acumula falhas e pontos perdidos a ritmo nunca visto na era Conceição
Adeptos auscultados por O JOGO compreendem a contestação e há vários motivos que explicam a crise. Ruído à volta do clube é valorizado e encarar o que resta com dignidade uma obrigação. Equipa acumula falhas e pontos perdidos a um ritmo nunca visto na era Conceição. Números mostram realidade dura
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Os números mostram uma realidade incontornável: o FC Porto não se reencontra e está irreconhecível esta época, particularmente no campeonato. A 13 jornadas do fim, os dragões são terceiros, a sete pontos da dupla de rivais, Sporting e Benfica, sendo que podem ser dez de diferença para os leões se estes vencerem o jogo em atraso contra o Famalicão. Se o título está dependente de uma recuperação nunca antes vista, começa a ser preocupante a distância para o segundo posto e a última vaga para a Liga dos Campeões. Nunca, na era de Sérgio Conceição, o FC Porto esteve em tão sério risco de nem sequer ir às eliminatórias da Champions, porque nunca terminou abaixo do segundo posto.
Competitiva por natureza desde 2017/18, mesmo nas épocas em que não foi campeã, a equipa azul e branca já igualou o máximo de derrotas numa edição da I Liga (quatro), que remonta a 2019/20, curiosamente, quando até conseguiu uma dobradinha. Já ficaram 18 pontos pelo caminho, não só mas também à custa de um rendimento ofensivo muito abaixo do que era habitual com Conceição. Com 35 golos, os dragões são apenas o quarto melhor ataque do campeonato, empatados com Estoril e Arouca, duas equipas com quem já perderam.