"Queria ter 26 jogadores e queria quatro reforços"

O treinador da Académica, Filipe Gouveia, disse que a visita ao Boavista, no domingo, em jogo da 22.ª jornada da I Liga de futebol, pode ser decisiva para o clube de Coimbra em caso de vitória. "Trabalhamos para a vitória, pois em caso de derrota ficamos com a situação [permanência] mais complicada. O grupo está ciente disso e penso que vai entrar com um espírito e um foco ainda mais redobrado", salientou o técnico, na antevisão à partida.

Os dois clubes estão separados por dois pontos, com vantagem para os axadrezados, que estão acima da linha de despromoção, pelo que a vitória dos estudantes permitiria inverter as posições classificativas.

Filipe Gouveia apela à concentração dos seus jogadores durante os 90 minutos para evitar o que aconteceu na última jornada, em casa, frente ao Nacional (2-2), em que a equipa depois de estar em vantagem ao intervalo cometeu dois autogolos num início do segundo tempo de muita desconcentração.

"Estamos a atravessar um ciclo, que esperamos ter acabado, de golos caricatos que sofremos, mas vamos tentar corrigir", referiu o treinador, considerando que o objetivo "número um" é conquistar os três pontos no Estádio do Bessa, apesar de o Boavista jogar perante o seu público e "ter de assumir as despesas do jogo".

Ainda relativamente ao mercado de inverno, que fechou no início do mês, o técnico academista salientou que houve equipas que se reforçaram "muito bem" com quatro e cinco jogadores, entre elas o Boavista, contrariamente à Briosa, que contratou dois futebolistas por empréstimo.

"Disse que o plantel era extenso e queria ficar com 26 jogadores. O que é certo é que, neste momento, continuo a ter os 30 jogadores. Cada um tem de comer a sua fatia de responsabilidade. Eu como a minha e assumo aquilo que digo: que queria ter 26 jogadores e queria quatro reforços. Mas eu sou empregado do clube, que entendeu não arranjar, ou não conseguiu, soluções para isso", sublinhou