José Mourinho: "Não há tempo para grandes cirurgias, no máximo um bocadinho de botox"
Declarações de José Mourinho após o Benfica-Gil Vicente (2-1) da 7.ª jornada da I Liga
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Passou de Special One a Practical One? "Para mim pragmatismo é levar o jogo para onde queremos, é mais controlo. E não levámos para onde queremos. Depois vai de encontro à pouca energia, à pouca velocidade. Depois meti o Tomás a lateral porque fecha melhor o espaço, onde fizeram o golo anulado, receei que pudesse acontecer algo por ali. Acho que o pragmatismo acontece em momentos do jogo, mas não como filosofia. Há momentos e neste momento foi importante para nós."
Cumprimentar apanha-bolas: "Ele estava ali... não sei se são da academia, mas são miúdos que vivem o clube. Estão ali a sofrer e, ao mesmo tempo, a sonhar. O caso mais bonito era o Pep Guardiola que era apanha-bolas do Barcelona e passou a ser grande jogador e grande treinador do clube. É bonito que os jogadores lhe façam uma prenda, um cumprimento. Para os miúdos é engraçado."
Falou na cirurgia de César Peixoto, a equipa precisa de uma cirurgia? "Não há tempo para grandes cirurgias, no máximo um bocadinho de botox em alguns lugares para mudar a forma e dar juventude. A equipa é jovem, mas precisa de juventude ao nível da energia. O Aursnes é pau para toda a obra, joga 40 ou 50 jogos por época em ritmo altíssimo e teve dificuldades. A equipa precisa de descansar, depois aumentar os níveis de confiança. Eu preciso de os conhecer melhor e eles a mim. Não há dois treinadores iguais, com ideias iguais. Quando convergem e quem chega fica contente a deixar continuarem princípios, é bom. Mas quando quer mudar, não pode mudar assim. Os jogadores precisam de tempo. Falam da chicotada psicológica, eu digo chicotada metodológica, pensar e trabalhar de forma diferente. Hoje eu e o meu staff não dormiremos a preparar o próximo jogo. Não é fácil."