Num dérbi que apela, e muito, à entrega máxima, ganhar os duelos costuma ter um peso determinante. A equipa vitoriana só venceu 56, ao contrário do Braga, que saiu por cima em 73
Corpo do artigo
No final do dérbi do Minho, que resultou na primeira derrota do Vitória em casa para o campeonato, Ivo Vieira registou a ideia de que o Braga foi mais forte e também a equipa mais experiente. "A maturidade pode ter feito a diferença. Esta juventude do Vitória precisa de crescer", assinalou o treinador do emblema vimaranense. Talvez mais importante do que a idade dos atletas (a média do onze titular situou-se nos 25) tenha sido o currículo dos jogadores em duelos deste calibre. Na equipa que alinhou de início, oito jogadores vitorianos estavam a cumprir o primeiro dérbi com o Braga, com tudo o que isso acarreta em termos de conhecimento do que está em jogo e comprometimento.
Tapsoba, Frederico Venâncio, Florent, Al Musrati, Denis Poha, Lucas Evangelista, Marcus Edwards e Bruno Duarte foram os jogadores que disputaram o primeiro dérbi com a equipa bracarense. E quanto aos restantes que alinharam de início, só Douglas tinha experiência de sobra, dado que anteontem somou o 13.º jogo com o rival bracarense. Davidson somou o terceiro dérbi e Víctor García fez o segundo. Quanto aos jogadores que entraram, Rochinha tinha 29 minutos de experiência nestes duelos e Pêpê apenas um minuto, ao passo que Léo Bonatini nunca tinha participado num dérbi. Ora, se a experiência normalmente costuma ser muito importante nas partidas com o Braga, o Vitória poucos ou nenhuns argumentos teve neste campo para contrariar tal ideia. No banco de suplentes, Pedro Henrique era o mais experiente, com sete presenças em dérbis, seguido por Rafa Soares e João Carlos Teixeira, cada um com dois jogos deste tipo.
Talvez com ligação direta a esta falta de experiência, o Vitória ganhou poucos duelos; de acordo com os números do "Goal Point", a equipa vimaranense venceu 56 duelos, contra 73 do Braga, uma clara diferença, sobretudo se se levar em conta que a posse de bola da formação da casa foi bastante superior à do adversário (61 por centro contra 39). "Houve uma diferença grande na abordagem ao jogo em termos de duelos", disse também o treinador da formação vitoriana após o jogo.