Faz este sábado 15 anos que os dragões eliminaram o Manchester United em Old Trafford. Jorge Costa e Vítor Baía recordam um jogo intenso mas saboroso. E que Mourinho profetizou...
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E assim um gigante ficou pelo caminho. Faz este sábado 15 anos que o FC Porto eliminou nos oitavos de final da Liga dos Campeões o Manchester United, em Old Trafford.
Aos 90 minutos, quando os ingleses já faziam a festa, um livre de Benny McCarthy foi defendido por Tim Howard e, na recarga, Costinha não perdoou. Grande festa portuguesa. "A partir desse jogo, começámos a sonhar que podíamos ser campeões europeus. O Manchester tinha uma equipa fortíssima, mas nós tínhamos um grande grupo", recorda Jorge Costa, ao tempo capitão portista, que saiu lesionado aos 37 minutos, sendo substituído por Pedro Emanuel.
"A partir desse jogo, começámos a sonhar que podíamos ser campeões europeus"
"Vi o resto do jogo no banco, a sofrer bastante. Foi emocionante. Quando o Costinha marcou o golo, foi o delírio. O Mourinho saiu dali a correr e eu não consegui acompanhá-lo. Estava mais rápido do que qualquer um de nós", brinca o Bicho, aludindo aos festejos do treinador portista, quando Costinha fez o empate, que ditaria a passagem aos quartos de final (na primeira mão, o FC Porto vencera por 2-1, com dois golos de McCarthy). "Sinceramente, não me recordo das palavras de Mourinho antes do jogo, mas tenho bem presente a disposição de todo o grupo para dar uma facada em todos aqueles que duvidaram da nossa capacidade", revelou o antigo o ex-capitão.
Vítor Baía dá uma ajuda e recorda-se bem do que disse Mourinho. "Quando teve conhecimento do onze do Manchester, viu que eles iam jogar com um meio-campo reforçado com o Djemba-Djemba. E disse-nos: "Isto é um sinal de que têm muito respeito por vocês. Vão lá para dentro, que nós vamos passar esta eliminatória", conta o guarda-redes, que se recorda de um jogo muito complicado:
"Não foi dos jogos em que tive mais trabalho, mas requereu muita concentração, principalmente para anular o jogo aéreo, em que eles eram muito fortes. Fiz algumas defesas difíceis, mas toda a equipa esteve bem, num ambiente duro para nós, mas bom para jogar futebol. Depois de o Costinha ter empatado, ainda houve mais cinco minutos e tivemos de saber sofrer. Com a emoção quase nos esquecíamos de que o jogo não tinha acabado", conta.