"Quando leio que nas nossas Assembleias Gerais as pessoas são postas na rua..."
Matos Fernandes, presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, fez um balanço do primeiro dia de eleições no clube. 4036 sócios votaram neste sábado.
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Primeiro dia: "Não podia ser melhor. Se nos lembrarmos que há quatro anos, sem concorrência eleitoral, votaram cerca de dois mil associados.... Com a concordância das candidaturas, embora uma ou outra depois disso tenha modificado a opinião, passei as eleições para dois dias e não fico muito incomodado por ter violado os estatutos. As leis foram feitas para situações de normalidade. Por mais perspicácia que tivesse o autor dos estatutos, não lhe ia passar pela cabeça que uma pandemia nos ia atingir. Amanhã há mais. A informação que tenho é que há muita gente que se prepara para ir votar amanhã."
Comportamento exemplar: "Prova do interesse que os associados têm pela vida do FC Porto, prova que faz bem a concorrência eleitoral. Criámos uma task force muito competente que permitiu que este ato eleitoral no primeiro dia tenha corrido sem uma altercação, sem um protesto, sem um desabafo mais impaciente, com um civismo exemplar, próprio das gentes do FC Porto".
Recado: "Quando leio que nas nossas Assembleias Gerais não há democraticidade, que as pessoas são postas na rua, que só fala quem vai dizer bem... Eu que durante quatro anos tive o privilégio de dirigir Assembleias Gerais em que toda a gente que queria falar falou, em que eram tantos os apoiantes como os críticos. Fico indignado com os juízos que não têm ponta de correspondência. Não tive necessidade de cortar a palavra a ninguém, advertir alguém".
Futuro: "Estou a terminar o meu mandato. Exigem para continuar que peça autorização ao Conselho Superior da Magistratura. Não me baixo para pedir essa autorização. Sinto-me livre num país livre".
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