"Pretendemos estar entre os melhores da Europa e entrar no grupo restrito das Big Five"
Pedro Proença assina artigo de opinião e passa último ano do futebol português em revista. Confira a primeira parte do comentário do presidente da Liga.
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Centralização
Além do fecho de contrato de Naming Sponsor, conseguimos também ter a o apoio e imposição do Governo em centralizar os direitos audiovisuais, uma batalha pela qual, estarão recordados, lutamos desde a primeira hora. Cabe, agora, à Liga e à FPF o entendimento para que esta seja uma realidade até à data limite imposta pelo Executivo de 2028-29 e, estou certo, que a mesma acontecerá, permitindo uma maior equidade entre todos os clubes do Futebol Profissional português.
Sem qualquer laivo de humildade, assumo que pretendemos estar entre os melhores da Europa e entrar no grupo restrito das Big Five, fazendo-o através de um produto mais atrativo, mais profissional e, por isso, forçosamente mais penalizador para os incumpridores.
Imagens como vimos, nos últimos tempos, entre treinadores que, no limite da emoção, não deixam de ser líderes e condutores de homens, não se coadunam com o Futebol que queremos dar ao mundo. Quem não cumprir, deve ser penalizado de forma exemplar e estou certo de que, na próxima época, os nossos Clubes aceitarão endurecer as penas a quem também prevarica no compromisso com a imagem da instituição que representa.
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Uma palavra para o anúncio da criação de uma bizarra - permitam-me que assim lhe chame - Superliga Europeia. Numa altura em que o Futebol se devia unir, existem pseudo-iluminados que ainda acreditam que a solução é aumentar o "gap" entre os mais ricos e mais pobres. Felizmente, o recuo levou à morte deste projeto ao segundo dia, acreditando nós que assim se manterá.
Um anúncio feito numa altura em que as Ligas nacionais se tentam reajustar a um calendário que colocará à prova todos os europeus, com a realização do Mundial no Catar e libertação de jogadores para as Seleções a partir de novembro de 2022. A Liga Portugal não foi exceção e estuda a possibilidade de melhor se enquadrar neste cenário, olhando já para um novo modelo da Champions League a partir de 2024.
Contem connosco para continuarmos a lutar pela justiça, pelo profissionalismo, pela competitividade, pela equidade, mas, acima de tudo, pela Liberdade do Futebol Português.