Miguel Pinto Lisboa, presidente do V. Guimarães, está ao lado do técnico Pepa nas críticas à equipa pelo desempenho modesto frente ao Santa Clara e exige uma mudança imediata.
Corpo do artigo
Sem contrariar num único ponto as críticas mordazes proferidas por Pepa logo após a derrota com o Santa Clara, Miguel Pinto Lisboa lamentou que os jogadores do Vitória de Guimarães tivessem descurado no último jogo um dos princípios básicos do clube: ter atitude competitiva. Ainda assim, o dirigente acredita numa resposta do plantel nos próximos compromissos. "Ninguém mais do que os jogadores quer ganhar e dar uma resposta em campo", atirou.
Num testemunho exclusivo a O JOGO, o presidente do clube reiterou, todavia, estar "totalmente em sintonia" com o técnico, subscrevendo "na íntegra tudo o que disse" ainda nos Açores, e deixou bem claro que não admite uma repetição na receção ao Boavista, da próxima jornada.
"Por vezes é mais importante a atitude do que o resultado. Isso é inalienável e isso faltou-nos nesse jogo. Vamos dar a volta em termos de atitude, nada justificou o que aconteceu", comentou, dando conta do espírito "inalienável" do clube. "O Vitória deve disputar todos os jogos com a máxima atitude e o máximo empenho, sabendo que podem acontecer três resultados, uma vez que os nossos adversários têm o mesmo objetivo. Mas não tivemos sucesso na persecução desse objetivo de deixarmos tudo em campo. Compete-nos a todos, dirigentes, treinadores e jogadores, fazer uma introspeção no sentido de perceber o que correu mal. Teremos de resolver isso no seio do grupo para que não volte a acontecer", juntou.
Já sobre o plano estratégico aprovado em assembleia de acionistas, que aponta para um encaixe de 10 milhões de euros, Pinto Lisboa garantiu que não se resumirá a vendas ao desbarato em janeiro, na reabertura do mercado de transferências. "É um plano que visa o crescimento sustentado do clube no médio e longo prazo, mantendo metas de equilíbrio financeiro. É redutor ver isso como um objetivo de vendas já na próxima janela de transferências. Queremos, antes, garantir o crescimento sustentável do Vitória a médio e longo prazo. Há um objetivo de mercado e outros em diferentes mercados. Refiro-me a uma série de medidas nunca antes apresentadas. O Vitória passou a ter um plano económico-financeiro", vincou.