A entrada aos 59 minutos diante do Estoril (1-1) foi coroada com papel decisivo de Pizzi numa vitória folgada, assumindo simbolismos vários para o médio pelo seu regresso aos golos na Liga, não o fazia desde dezembro de 2021, frente ao Sporting, mas, sobretudo, pelo primeiro golo como profissional do Braga
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António Caldas foi um dos responsáveis pela chegada de Pizzi a Braga em 2007, atraído pela qualidade que o médio revelava longe de tudo, em Bragança. O antigo guarda-redes, um histórico dos minhotos, trabalhou e limou o criativo nos juniores, fazendo-se aí um jogador identificado para as seleções jovens com potencial grande no projeto desportivo do Braga. Acabou por não ter tempo de afirmação na primeira equipa, fruto de uma transferência muito precoce para Espanha mas deixou marca inegável no emblema arsenalista. António Caldas foi claramente um entusiasta do seu regresso passado tantos anos e imensa história escrita no Benfica. O golo ao Estoril merece um forte tributo.
"O golo até pela forma como ele o festejou foi uma reação de que tinha cumprido finalmente algo que tanto procurava. Mostrou o que sempre foi, um atleta que sabe chegar à frente nos desequilíbrios, um fantástico jogador a jogar entre linhas. Parece-me um momento importante para a sua confiança, acumulando créditos junto de alguns adeptos que fizeram pressão contra o seu regresso", contra-atacou António Caldas.
"O Pizzi pode ser um elemento muito importante na equipa, tanto dentro das quatro linhas como no balneário, pelas suas qualidades futebolísticas e, especialmente, humanas. É um motivador nato e muito responsável pelas suas ações, só estes aspetos valem e validam a sua contratação. Será importante no imediato e futuro breve", garantiu, fazendo um apanhado do predestinado craque que encontrou.
"Quando eu fui buscar o Pizzi eu via precisamente um miúdo com estas duas capacidades, a dimensão de atleta e a personalidade. Depois reagiu de forma positiva e integrou-se bem no clube e na cidade", documentou, explicando os traços definidores.
"Foi um atleta que evoluiu muito em termos táticos, conseguindo aliar a sua excelente capacidade técnica a uma boa capacidade de decisão, dita inteligência operacional. Era um atleta que dominava muito bem a técnica ofensiva de forma a executar com rapidez e eficácia, mesmo com limitações de tempo e de espaço", lembrou António Caldas, prosseguindo na exaltação das qualidades.
"Ele intuía a ação técnica mais correta para determinada situação pela sua relação de querer e adorar ter a bola, exibindo criatividade e imaginação. Com os anos foi reforçando seu conhecimento e melhorando as ações mediante comportamentos estratégicos dos seus treinadores", finalizou.
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