Declarações de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, no programa "Alta Definição", da SIC
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Jogador à Porto: "Quando se diz jogador à Porto é um jogador que sente a camisola, a cidade, a região. A luta não é o Porto contra Lisboa, mas contra o centralismo de Lisboa."
Dá-lhe gozo irritar os oponentes? "Eles irritam-se, mas não é com a intenção de os irritar. Tenho muitos amigos noutros clubes. Não sou capaz de ir para Lisboa com a equipa e não ir para o Altis, porque considero uma traição ao meu amigo. O Benfica chegou a querer ir para lá e ele 'não senhor, o FC Porto é que está aqui'. Um dia que saiam de lá terei muita pena, porque estarão a desrespeitar a memória de Fernando Martins."
Preço pessoal a pagar pelos 42 anos no FC Porto: "Ela [filha] diz que [o FC Porto] é o irmão mais velho. Ela tem três filhos e queixam-se que o avô não vai lá. Os fins de semanas estão sempre ocupados com o FC Porto, sempre gostei de acompanhar as modalidades e prejudica um bocado, tenho pena de não acompanhar o crescimento dos meu netos."
A sua vida como presidente prejudicou os seus filhos? "O meu filho prejudicou, porque teve de abdicar de coisas que queria fazer, senão era o filho do presidente. A minha filha sente alguns ciúmes do FC Porto pelo tempo que dedico, porque acha que devia dedicar a ela e aos netos. É o destino."
Operação ao coração: "Quando fui operado ao coração, deixei dois anúncios, um que foi publicado, a dizer que correu tudo bem, e outro com a minha morte. Encarei com naturalidade. Escrevi também uma carta aos meus filhos para que se dessem bem e uma para o presidente da AG, com conselhos sobre o devia fazer se eu fosse de vela. Quero que o FC Porto seja sempre um clube vencedor. Deixei conselhos, felizmente quando cheguei ao escritório rasguei as cartas todas. Queria deixar o clube estruturado de maneira a que não dependa de uma pessoa, se acontecer alguma cosia, que siga normalmente."