Pinto da Costa: "Não tenho de ler nenhum discurso, nem tenho ao fundo qualquer teleponto"

Sem discurso nem teleponto: "Minhas queridas dragonas, meus queridos dragões. Não tenho palavras para agradecer a receção, o carinho, a amizade, a solidariedade que hoje, com a vossa presença e vossos aplausos, me transmitiram e bateram bem fundo no coração. Naturalmente que compreenderão. Todos compreenderão como é difícil para mim controlar as emoções, poder ter a serenidade para transmtir o que tenho para dizer. Entrei nesta sala, cheguei neste púlpito sem ter qualquer segurança a acompanhar-me. Não tenho de ler nenhum discurso, nem tenho ao fundo qualquer teleponto. Venho dizer-vos, como sempre vos disse e encarei, o que sinto e como é partilhar convosco o amor ao FC Porto."

Sala de gente ilustre e notável: "Tenho aqui uma sala repleta de gente ilustre, de notáveis. Para mim, todo e qualquer dragão é para mim e para o FC Porto uma pessoa notável. Orgulho-me de ter uma plateia cheia e de não ter ninguém ressabiado. Para mim são todos iguais, estão todos no meu coração. Pelo lugar que ocupa, coragem que demonstra e seriedade e dedicação ao FC Porto, permitam-me agradecer ao dr. Manuel Pizarro por estar aqui no meio de nós. Portista de coração e todos os que são do FC Porto são notáveis e estão no meu coração. Entrei para sócio do FC Porto a 31 de dezembro de 1953. Tive o primeiro cargo de dirigente em 1962, mantendo-me até 1969 como chefe e diretor de várias secções, nas presidências de Nascimento Cordeiro e Cesário Brito. Mais tarde fui convocado por Afonso Pinto Magalhães, grande presiodente do FC Porto, para dirigir as modalidades amadoras. Fui, de 1974 a 1978, diretor do departamento de futebol, a convite de Américo de Sá. Este é o meu percurso no FC Porto. E porque considero que, quando alguém concorre a qualquer lugar, a primeira coisa que deve apresentar é o seu currículo, este é o meu currículo no FC Porto."