Extremo alinhou 90" em jogos consecutivos pela primeira vez de azul e branco. Frente ao Lyon, foi um dos melhores.
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Titular na vitória em Paços de Ferreira (2-4) e na derrota caseira ante o Lyon (0-1), Pepê obteve um registo inédito desde que, no último verão, reforçou o FC Porto: atuar a tempo inteiro em jogos consecutivos.
Na Mata Real, o extremo apontou o golo que abriu caminho ao triunfo portista e, quarta-feira, foi dos mais inconformados, terminando como um dos melhores no desaire europeu.
Argumentos que, perante a concorrência de Galeno (e não só), confirmam a colocação do ex-Grémio na "pole position" da corrida por um lugar no onze que, em simultâneo, se traduzem num sinal de confiança da parte de Sérgio Conceição.
Carregar a herança deixada por Luis Díaz nunca seria tarefa fácil e numa primeira fase tratou-se de uma missão dividida. É verdade que Pepê foi sempre encarado como a solução natural, mas pela ala canhota também passaram o reforço contratado ao Braga, mais Fábio Vieira, Otávio e Taremi. Foi, aliás, com o iraniano mais à esquerda que se deu o "clique" do número 11, potenciado pela sua polivalência. Conceição introduziu nuances no sistema, com Otávio a pisar terrenos mais interiores, e empurrou Pepê para o corredor direito. Com liberdade para deambular na frente a partir dessa zona, Pepê foi subindo de produção e, nesta fase, mostra estar identificado com as ideias da equipa.
Pepê custou 15 milhões de euros à SAD e foi o reforço mais caro para 2021/22. Por isso e pelas indicações positivas que deixou nos últimos jogos, a expectativa é que a influência suba de tom no último terço da época. Para já, tem cinco golos marcados nos 1151" que disputou.