Ricciulli, hoje a dar nas vistas no Guarda, foi promessa em Alcochete, chegou a ser chamado a treinos por Rúben Amorim, depois, em Guimarães, ainda entrou numa ficha de jogo na Liga, mas seguiram-se logo tempos delicados e muita coisa foi colocada em causa
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João Ricciulli é um central do Guarda, que tem procurado relançar-se após ter passado pela formação do Sporting e do Vitória de Guimarães. O defesa guineense não logrou a afirmação expectável, sobretudo em Alvalade, sofreu pelo seu espaço e foi forçado a encostar nas divisões mais secundárias para agarrar outra via de escalada. No Campeonato de Portugal, o defensor de 25 anos, tenta fazer valer o seu estatuto de esperança para contento do Guarda.
"Por vezes a vida é assim com altos e baixos, cheguei a ponderar desistir de jogar futebol, ficando mesmo um ano parado sem jogar. Mas cá estou de volta com objetivo de voltar aos grandes palcos do futebol português", começa por expor Ricciulli, que se afastou dos relvados na época 23/24, procurando reorganizar ideias e serenar a mente quanto à carreira. Agradece a quem lutou pelos seus sonhos de menino. "A maior razão foi pela minha mãe, que me pediu que eu voltasse. Muitos amigos mais próximos sempre passaram essa crença no meu potencial e decidi voltar a jogar", reflete.
Longe da visibilidade, num clube bem agarrado ao interior, Ricciulli recupera alento e caminha passo a passo. "A adaptação foi mais fácil do que eu pensava, pois encontrei várias caras conhecidas . É um local um pouco diferente ao que estava acostumado, mas, por vezes, é mesmo assim e temos que sair da nossa zona de conforto. Sinceramente não tenho um desejo muito específico relativamente a minha carreira. Vamos ver o que o futuro me reserva, seja a nível individual e, mais importante, coletivo. O grupo está a ser fantástico, mesmo com as dificuldades iniciais por ser uma equipa totalmente nova", atesta Ricciulli, destacando a competitividade do Campeonato de Portugal, sendo o Guarda 8º na Série B.
"É um campeonato que, para quem o conhece, tem muita qualidade escondida e, também, jogadores que não tiveram a sua devida oportunidade, muitas vezes. Mas avalio como um bom campeonato e competitivo, a dificuldade maior é quando se joga fora, porque, por norma, todas as equipas têm as suas respetivas cidades que fazem dos jogos um grande espetáculo", enaltece o central de 25 anos.