O candidato à FPF criticou a abordagem da presidência de Fernando Gomes relativamente à condição laboral da arbitragem e ao quadro disciplinar em Portugal
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O presidente da Liga Portugal, e candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, deixou, no seu discurso de apresentação da candidatura, algumas criticas relativamente à gestão da condição profissional dos árbitros em Portugal, e do quadro disciplinar no país:
"Este mandato a que me candidato não terminará sem uma profissionalização absoluta do setor da arbitragem. Uma realidade que passará pela implementação de um modelo empresarial para a gestão do setor. Não nego que a arbitragem - diz-vos quem de lá veio - está muito melhor do que já foi. Mas a arbitragem é um setor que está sequioso dessa serenidade, desse reconhecimento e dessa visão. De carreiras claras, integradas e compreensíveis. Uma visão comum da base formativa ao topo das carreiras, corporizada na definição, pela primeira vez na história, da Direção Técnica Nacional de Arbitragem. O mesmo na disciplina: profissional, rápida, explicável e próxima de todos os agentes. Precisamos de um pacto neste setor. Clubes, atletas, árbitros e, por que não dizer, também o Estado. A disciplina, do nosso ponto de vista, exige um caminho de dedicação tendencialmente exclusiva para os seus protagonistas principais. Essa evolução foi feita na Federação em 2016, mas foi abandonado no mandato que agora termina. Em nossa opinião foi um erro que procuraremos corrigir. Precisamos também de uma avaliação séria do impacto na nossa modalidade do Tribunal Arbitral do Desporto, criado há mais de uma década. Já é tempo e já temos dados de sobra para retirar conclusões sobre se a sua existência terá trazido mais coisas boas ou menos coisas boas. Se concluirmos pela segunda, a federação não terá falta de coragem ou voz para lutar pela sua alteração ou melhoria. A Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol deve ser respeitada."
Pedro Proença admitiu, ainda, a possibilidade de levar a Supertaça Cândido de Oliveira para fora de portas, com um possível quadro competitivo alterado:
"Portugal não excluirá do seu campo de possibilidades a disputa no estrangeiro de alguma das suas provas, nomeadamente uma Supertaça totalmente relançada no nosso calendário desportivo."
Pedro Proença apresentou, esta segunda-feira, a sua candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol na Cidade do Futebol, em Oeiras.