Pedro Proença fala do apoio dos clubes e da proposta de futebol em canal aberto
Presidente da Liga, Pedro Proença, esteve esta segunda-feira reunido na Câmara Municipal do Porto para discutir, entre outros assuntos, a ampliação da sede do organismo do futebol profissional.
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Pedro Proença, que esta segunda-feira esteve reunido com Rui Moreira, na Câmara Municipal do Porto, acedeu a comentar o atual momento no futebol português, especialmente o cenário de demissão da presidência da Liga.
"Demissão? O que tenho dito aos clubes é que a Liga é dos clubes e o presidente estará na Liga enquanto os clubes quiserem", começou por dizer aos jornalistas presentes na autarquia portuense, onde se deslocou para discutir, entre outros assuntos, a ampliação da sede da Liga.
"O que sei é que se as competições não retomarem, vários clubes podem entrar em insolvência, em sérias dificuldades. Criámos condições para que isso pudesse acontecer", disse o presidente da Liga. "Este é o momento de grande responsabilidade de todos, que nos deve exigir a todos este sentido de responsabilidade", acrescentou, em declarações à Sport TV.
Quando questionado sobre o apoio dos clubes e se sente que o mesmo tem vindo a desaparecer, Proença respondeu: "Há um ano fui reeleito com 95 por cento".
Quanto à proposta, junto da Presidência da República e do Governo, para que os jogos da I Liga - o recomeço está marcado para 3 de junho - passassem na televisão em canal aberto, o presidente do organismo do futebol profissional disse: "A ideia não é só defendida por nós, mas também na Bundesliga e está a ser discutida em Itália. É fácil perceber o que se pretende. O público não pode aceder aos jogos, queremos e tentámos que a entidade governamental injetasse dinheiro nos canais generalistas, que pudessem adquirir conteúdo dos operadores, que podiam ser ressarcidos pela penalização destes dois meses, e podiam pagar aos clubes. Assim, as pessoas não estavam aglomeradas e fechava-se esse ciclo", disse sobre uma solução que tinha um outro objetivo. "Evitar a aglomeração de pessoas à volta dos estádios e que pudéssemos proporcionar aos portugueses a visualização dos jogos", concluiu.