Paulo Assunção a O JOGO: o amor ao FC Porto, ao filho e um jogo especial

O coração de Paulo Assunção bate aceleradamente antes do jogo de amanhã, no Dragão, entre o FC Porto e o Famalicão. Se por um lado está a equipa que lhe abriu as portas do futebol europeu, do outro lado está o filho Gustavo Assunção, médio de 19 anos que vem brilhando no sensacional líder do campeonato.

Paulo Assunção vai estar na bancada a assistir ao jogo. Curiosamente, há uns anos era o filho que estava fora dos relvados a torcer pelo pai: Gustavo vibrava com os golos de Lisandro López. O amor pelo futebol era tal que o agora médio do Famalicão começou a jogar nas camadas jovens do FC Porto, de onde saiu em 2008 para acompanhar o pai na viagem até Espanha, onde o progenitor teve quatro épocas de sucesso no Atlético de Madrid; foi lá que conquistou uma Liga Europa e uma Supertaça Europeia. Agora, com a transferência do filho para o Famalicão, Paulo Assunção regressou a Portugal e voltou a habitar a moradia que já tinha comprado há vários anos nas praias de Gaia. Foi lá que O JOGO conversou com o antigo médio. A cimeira pela liderança foi, claro está, o assunto principal

O que sente na véspera de o seu filho, o Gustavo, defrontar o FC Porto?

-Vai ser especial ter um filho que está a jogar e vai defrontar o FC Porto, um clube que me abriu as portas da Europa. Cheguei muito novo a Portugal e o FC Porto recebeu-me muito bem. Fiz grandes amizades lá, numa altura em que o Gustavo era pequeno. Agora é a maior alegria ver o Gustavo a jogar contra o FC Porto. Um jogo como este não tem preço: estou muito feliz.

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O Paulo Assunção sente-se dividido?

-O coração fica a bater forte, mas, para mim, é uma alegria muito grande o Gustavo estar a seguir os passos do pai e agora voltar para jogar numa casa grande como a do FC Porto, um dos melhores clubes do mundo. É uma alegria enorme. Passei tempos muito bons no FC Porto, ganhei títulos e agora fico feliz por ver o Gustavo a jogar no Dragão. Como pai, fico feliz por ele, mas também tenho grande carinho pelo FC Porto.

Alguma vez pensou que este dia iria acontecer?

-Via que, desde pequeno, o Gustavo gostava muito de bola, mas não pensava que isto pudesse acontecer tão rapidamente.

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Recorda-se dos tempos do Gustavo no FC Porto?

-Claro. Quando joguei no FC Porto, o Gustavo também jogava nas camadas jovens do clube. Tenho fotos dele em casa quando era pequeno. Ele dizia que gostava do Lisandro López. Ele tem boas recordações do FC Porto.

Como perspetiva o duelo a meio-campo entre Gustavo, Uribe e Danilo?

-Vai ser duro, porque, quando começa o jogo, cada um tem de ser profissional. Vai ser uma luta boa. O FC Porto sempre teve bons médios. Aliás, para um jogador estar num clube como o FC Porto é porque tem muita qualidade.

Quem vai sair líder desse jogo?

-É muito difícil dizer, porque o FC Porto tem uma grande equipa e o Famalicão está a fazer uma grande época, tem bons jogadores e um bom treinador. Nesses jogos, nunca se sabe o que vai acontecer. Vai ser um bom jogo, bonito.

"Gostava que o Gustavo jogasse no FC Porto"

Terminada a ligação ao Atlético de Madrid, Gustavo assinou por cinco anos pelo Famalicão. A grande época que está a realizar pode levá-lo a outros patamares. Paulo Assunção não esconde que gostava de ver o médio com a camisola dos dragões, como aconteceu quando tinha 8 anos [ver foto]. "Tenho carinho pelo FC Porto, ganhei títulos no clube e ficava feliz se isso acontecesse, mas Deus sabe o futuro dele", vincou, garantindo que é como médio-defensivo que o filho mais rende. "No Atlético, jogou como médio-ofensivo ou defensivo e até como lateral. Mas a posição ideal é aquela onde está a jogar agora, e muito bem, como 6", fechou.

Veja aqui a segunda parte da entrevista a Paulo Assunção:

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