Otávio é vitamina para as decisões: os números do FC Porto com e sem o médio

Otávio está apto, como ontem, sexta-feira, demos conta, foi convocado e deve mesmo ser utilizado por Sérgio Conceição já esta noite, no dérbi da Invicta, contra um Boavista em crise mas também a precisar de bons resultados.

O jogo não aparece no calendário portista como mero impulsionador para a Champions, contra a Juventus, na quarta-feira.

A perda de pontos nas jornadas anteriores (Belenenses e Braga) não deixa margem para errar, pelo que Sérgio Conceição avançará com um onze muito próximo do habitual, mesmo que Uribe e Luis Díaz estejam castigados.

Otávio já treinou ontem integrado e tem condições para avançar, quatro jogos depois de ter encostado, após ter sofrido uma distensão muscular na reta final do triunfo em Barcelos. Desde então, uma vitórias para os azuis e brancos e três empates.

Conceição irá avaliar melhor a condição física do jogador e decidir, depois, quanto tempo lhe dará, sendo que nenhum cenário está colocado de parte. Certo é que o médio brasileiro está aí para as decisões. E os próximos cinco jogos são absolutamente determinantes - e nada fáceis, por sinal.
Depois do Boavista, o FC Porto começa a disputar os oitavos de final da Liga dos Campeões, com a Juventus. Segue-se a tradicional difícil visita ao Marítimo, a receção ao líder Sporting e, depois, a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, com o Braga.

A disponibilidade de Otávio não deixa, por isso, de ser uma excelente novidade para o treinador e equipa técnica. O brasileiro é cada vez mais importante na manobra da equipa, permitindo-lhe mudar de desenho sem que o treinador tenha de recorrer ao banco. Tem valências ofensivas e defensivas igualmente impactantes. Os números são claros e a amostra já é significativa: com ele em campo, o FC Porto venceu 18 dos 22 jogos que disputou esta época, o equivalente a 82%. Só perdeu com P. Ferreira e Marítimo, empatou com Manchester City e em Alvalade. Os azuis e brancos marcam 2,36 golos por jogo e sofrem 0,82. Isto em média, claro.

Nos 10 jogos que o criativo perdeu, entre lesões e covid-19, os portistas venceram apenas quatro, o equivalente a 40%, menos de metade da eficácia. Na diferença de golos, muito pior também: 1,5 golos marcados por jogo, 1,1 sofridos. Dos seis jogos que o FC Porto não venceu sem Otávio constam os últimos três empates (Belenenses, Braga e... Braga), o empate caseiro com o Benfica e as derrotas em casa do Manchester City e com o Sporting, na meia-final de Taça da Liga