"Os 'necessaires' do Costinha valiam mais do que o meu salário. E eu a fazer a barba com uma BIC"
Cândido Costa esteve esta quarta-feira no FC Porto em casa, na companhia de Paulo Machado, oportunidade para ambos contarem episódios que envolveram Costinha e Vítor Baía
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"Ninguém vestia tão bem como o Costinha. Ninguém tinha aquele nível. Uma vez fiquei no quarto dele. Os "necessaires" dele custavam mais do que o meu ordenado. Estava a fazer a barba com uma lâmina BIC e ele pergunta-me o que estava a fazer com aquela 'gilete', que ia ficar com a cara toda estragada. Não liguei. Depois passei o after shave, que basicamente era álcool. E o 'Ministro' voltou: "míudo, que creme é esse?". E eu disse que desinfetava tudo. Então ele vai à mala e saca de um creme cor de rosa e dá-me um bocadinho", contou esta quarta-feira Cândido Costa, antigo jogador dos dragões e convidado de mais uma edição do FC Porto em casa.
"A verdade é que nesse dia, toda a gente por quem passava perguntava que creme cheiroso era aquele. Muitas pessoas mesmo. Fiquei tão contente que disse ao Costinha que para a próxima queria comprar um cremezinho daqueles", acrescentou o atual comentador televisivo.
"Passadas umas semanas, ele chama-me para ir às compras. Fomos a uma loja e serviram-nos champanhe. E o Costinha vai para outra zona. E eu ali, nem sabia que uma loja dessas servia champanhe", começou por contar. "Ia espreitando os preços e era tudo 400 euros, 500 euros... Levanto-me e espreito por uma montra atrás do balcão e lá estava o cremezinho cor de rosa. Pensei: "tenho que comprar alguma coisa, é chato se não comprar, vou levar este cremezinho". E lá pedi à menina, fui fazendo conversa, disse que foi o Costinha que me indicou, que era espetacular e tal.. e sempre de cartão de crédito na mão. Ela embrulha, mete no saco e eu dou-lhe o cartão: 435 euros! Nem sabia o que dizer, mas lá disse para pagar, porque tive vergonha... Fui a viagem toda a pensar nisso. Durou-me um ano o cremezinho", recordou.