"O Tondela não cria problemas, mas concluímos que não tem de continuar a ser tão pacífico"

A deslocação do Tondela a Setúbal (0-0) continua a dar que falar após Ricardo Costa foi suspenso por dois jogos na sequência de um processo disciplinar que lhe foi instaurado devido às declarações que fez no final desse jogo, a 10 de março. O capitão afirmou então que "ele [árbitro Fábio Veríssimo] não marcou [penálti] porque não quis." O Tondela já recorreu da punição para o Tribunal Arbitral do Desporto.

Gilberto Coimbra, presidente do clube, falou esta quarta feira a O JOGO sobre o castigo, lamentando a decisão do Conselho de Disciplina da FPF: "É uma situação inédita, incrível, esta sentença da qual o Tondela recorreu. Quando há um erro de um árbitro, eu tomo-o como um erro, ainda que custe. Agora por declarações a quente... É que esse jogo de Setúbal seriam mais dois pontos." A revolta do dirigente levou-o a salientar que "o Tondela é um clube sério, honesto e que não cria problemas, mas chegamos à conclusão que não tem de continuar a ser tão pacífico".

citacao O presidente do Tondela falou a O JOGO sobre o castigo de dois jogos aplicado a Ricardo Costa na sequência de declarações sobre a arbitragem no final do V. Setúbal-Tondela. "Para outros não é assim, não é uma igreja, é um circo", queixa-se o dirigente

Gilberto Coimbra insistiu que a decisão do árbitro de que Ricardo Costa se queixou "foi um erro" e recordou que "o árbitro só voltou a apitar a 8 de abril, na II Liga", presumindo que "tenha sido penalizado" pelo lance em questão. "Agora julga-se o Tondela na secretaria e penaliza-se. Não está certo, a nossa indignação é total. Até parece que o futebol é uma sacristia, onde não se pode abrir a boca. Para outros não é assim, não é uma igreja é um circo."

Em 15.º lugar, com 31 pontos, os beirões lutam pela permanência, mas o presidente acredita na permanência: "Tudo farei para o Tondela não cair quando o vejo empurrado. Estou aborrecidíssimo e indignado com este futebol, não me revejo nisto."