A aposta na formação e a modernização do clube são algumas das bandeiras dos líderes do Sporting, frisa o administrador da SAD, André Bernardo.
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André Bernardo, administrador executivo da SAD, na segunda parte da entrevista concedida à Sporting TV, acentuou a necessidade do clube apostar na formação de atletas, não apenas no que ao futebol diz respeito.
"Não víamos há dois anos que poderia haver outro caminho [que não fosse a formação]. Concretizámos esse caminho pelo investimento que tem sido feito, um modelo centrado no jogador, identificação de talentos de elevado potencial, temos seis na equipa A e alguns deles saltaram dois escalões. Tornou-se apenas mais evidente. Só há um Sporting, o futebol é uma modalidade. O modelo é para se estender às modalidades, é o ADN do clube. A sustentabilidade do clube depende disso", frisou.
O dirigente, que entrou para o executivo após a saída de Miguel Cal, detalhou algumas mudanças que têm sido feitas ao longo dos quase dois anos de mandato de Frederico Varandas.
"Quando chegámos ao clube, alguns dos funcionários diziam-nos que o Sporting era uma casa de papel, pela qualidade de fluxo de papéis que existia, e outra expressão era que o Sporting parecia que estava na era dos Flintstones, ou seja, estava na idade da pedra. A equipa de tecnologias de informação reportava ao diretor de segurança, nunca vi tal coisa. Criámos um data center que agora tem câmaras de filmar, não tinha. Alguns que não eram funcionários do clube ainda tinham a chave de acesso, agora o acesso é biométrico. Tínhamos processos que demoravam um mês a fazer manualmente, simplificámos e automatizámos. Não vale a pena querer meter um motor de um Ferrari num chassis de um Fiat Punto. Não aproveitamos o motor da Ferrari e rebentamos com o Fiat Punto", disse, rematando sobre a mudança de cadeiras para cor verde do Estádio José Alvalade.
"É uma ambição que temos, tanto para o site, app, como para o wi-fi e as cadeiras temos propostas, cadernos de encargos, noção da dimensão financeira que cada um dos projetos implica. Não metemos apenas no papel, temos valores. Implicam investimentos elevados, consideráveis, por isso é que temos de fazer até 2022. Com a covid-19 ficamos mais limitados. Não são meramente promessas."