Com Jesus, o médio alemão e o extremo português subiram no número de recuperações e de intercepções em relação a 2019/20.
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Durante a conferência de quarta-feira, Jorge Jesus alongou-se a analisar o desempenho de Weigl e de Rafa, atletas que têm estado, na opinião do técnico, num nível superior desde que os começou a orientar.
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Ambos têm evoluído no momento defensivo, em particular o médio alemão, assegurou o treinador das águias, ele que viu ao início em Weigl "defeitos". "Há dois jogadores a jogar acima do normal deles desde que cheguei. Um é Weigl, que foi percebendo o que eu achava importante para a valorização daquela posição e hoje é muito mais intenso sem bola. O outro é o Rafa. Em relação a Weigl, depois de o conhecer, comecei a ver que não tinha só um defeito, tinha bem mais que um. Um era a falta de agressividade e melhorou nisso, ele que já tinha um jogo de posição muito bom e estava habituado ao 4x3x3 com dois médios à frente dele , algo que aqui não tem. Isso fazia com que se desposicionasse mais mas tem melhorado", apontou Jesus, numa constatação comprovada pelas estatísticas recolhidas por O JOGO. Em 2020/21, na média de todas as provas, Weigl tem mais recuperações (8,8 por jogo), mais intercepções (5), menos faltas cometidas (1,3) e maior sucesso nos duelos defensivos (60,8%) do que na metade da época anterior no Benfica.
O técnico das águias frisa que pôs ambos "a jogar acima do normal deles". No ex-Dortmund, viu "mais do que um defeito" e ao avançado diz que só falta "definição no último passe para ser um jogador de topo"
Já Rafa, apresenta melhorias nas recuperações (5,3 para 3,7) e intercepções (3,5 para 2,3), além de ser mais faltoso agora do que em 2019/20. O extremo ainda ouviu elogios de Jesus no plano ofensivo: "Rafa tem feito jogos com um ritmo e intensidade tática defensiva acima do que fazia. Quando souber definir o último passe vai ser um jogador de topo. Evoluiu mais defensivamente e, como tem jogado mais, está também mais moralizado e confiante. É um jogador super inteligente taticamente, quando falo com ele percebo a facilidade em entender o que lhe passo, o que ajuda a valorizar o seu jogo."
Sobre a questão física, Jesus usou também Weigl como exemplo da evolução coletiva. "Desde que estabilizámos e treinamos juntos, temos melhorado visualmente e nos dados científicos. Treinamos e jogamos com GPS, sabemos as distâncias que os jogadores fazem e, a partir do primeiro jogo com o Arsenal, a equipa tem tido dados físicos muito mais altos, como no caso do Weigl. Antes não corria acima de dez quilómetros, no último jogo fez 13. Se somarmos isso a cada jogador, a equipa está a correr muito mais, está melhor fisicamente", analisou Jesus.