Bruno Reis, o único “filho da terra” no plantel, ainda recupera da grave lesão sofrida no Covilhã e só deve iniciar a pré-época em outubro ou novembro. O médio confessa uma “tristeza enorme” pela descida, mas sente que a motivação está de volta e acredita que o esforço da administração vai ser plenamente recompensado.
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Bruno Reis é o único jogador do Portimonense nascido e criado na própria cidade e, até há bem pouco tempo, não conhecia outro clube na carreira. Na época passada foi cedido ao Covilhã e tudo estava a correr às mil maravilhas (titular, três golos e duas assistências) quando, em janeiro, sofreu uma lesão nos ligamentos cruzados e menisco do joelho direito. “Estava, talvez, na melhor fase do meu percurso, a fazer bons jogos, tal como a equipa, já a caminho da segunda fase da Liga 3. Tudo cinco estrelas, mas surgiu a lesão e agora resta-me superar esta fase”, diz o médio, 24 anos, que se estreou na formação principal dos algarvios em 2018/19, lançado por Folha, que era, então, o treinador, depois de ter passado por todos os escalões de formação e também pela equipa de sub-23.
“Só devo voltar aos relvados em outubro ou novembro”, admite Bruno Reis, mostrando gratidão para com os responsáveis alvinegros, que lhe “estenderam” o contrato até junho de 2025. Aliás, como O JOGO já escreveu, a SAD deseja que o jogador recupere em pleno para integrar o grupo que está prestes a iniciar a época às ordens de Sérgio Vieira, o novo treinador. “O meu sonho, toda a gente o sabe, é jogar aqui e integrar o plantel, porque sou portimonense de gema. Mas, agora, nem tenho pensado muito nisso, quero é recuperar a cem por cento e regressar com todas as minhas faculdades”, acrescenta, no meio das duas sessões diárias do tratamento que cumpre religiosamente, sem pensar em férias.
A descida dos algarvios foi naturalmente sentida pelo médio, que, inclusive, viu todos os jogos da reta final da temporada, sofrendo na bancada do Portimão Estádio. “A tristeza foi enorme, minha, dos adeptos, do plantel e de toda a estrutura, mas já me apercebi que a motivação está de volta, seja para prosseguir na I Liga, face ao que se tem dito do Boavista, seja para subir rapidamente. Independentemente da situação, esta é uma fase para estabilizar, e, da minha parte, estou pronto para ajudar em tudo, até mesmo como adepto”, sublinha Bruno Reis, motivado e pronto a corresponder a todo o apoio que lhe tem sido dado pela administração da SAD dos algarvios.
Nomeado para jogador do ano
“Foram seis meses muito bons”, repete Bruno Reis, a propósito da sua primeira experiência fora de Portimão. Apesar de ter terminado a época cedo, devido à grave lesão, ainda foi nomeado pela Associação de Futebol de Castelo Branco para jogador do ano. “O clube alcançou o objetivo principal e depois chegou à fase da subida, mas a morte do presidente, as muitas lesões e até a mudança do treinador não ajudaram a galgar mais patamares. Mas acredito plenamente que o Covilhã não tardará a subir aos campeonatos profissionais”.