"O Maniche disse 'o árbitro não dá conta', tirou o fato de treino e marcou", recorda Mourinho

Açores, jogadores e FC Porto: "Estávamos no aeroporto de Ponta Delgada, em São Miguel, no dia em quem o FC Porto perdeu no Bessa [2001/2002]. Nós, o Leiria, jogámos à tarde e o FC Porto à noite. Os jogadores começaram a dar-me os parabéns e a dizer que eu ia para o FC Porto. Disse-lhes que sabiam mais do que eu, mas eles disseram: 'eles perderam outra vez, amanhã o mister está no FC Porto'"

A chegada ao FC Porto e as negociações: "A solução foi a nossa honestidade, minha e de Pinto da Costa, ao dizer a João Bartolomeu [presidente do Leiria] que queríamos jogadores do Leiria. O treinador era de imediato, os jogadores como Derlei, Nuno Valente e, eventualmente, Tiago para a próxima época. Quando o presidente do Leiria percebeu que o Mourinho estava fora, mas que atrás dessa saída podiam entrar números importantes para o clube, foi a maneira honesta e séria de dar início às negociações"

Uma canção com direitos de autor: "Posso exigir direitos de autor, porque fomos nós que escrevemos a letra 'Os filhos do Dragão'. Os Sitiados [n.d.r: Quinta do Bill] são os donos da música, mas nós somos os donos da letra, porque fomos nós que fizemos a letra no autocarro. Começamos a cantar no autocarro num jogo com o Bordéus, onde estava o Pauleta, Começo a dizer um bocadinho da letra, o doutor Puga acrescentou, depois o Antero também, e depois acrescentávamos mais um bocado e colocávamos a música a tocar"

A pré-época, um penálti e Maniche: "Na final de um torneio de pré-época, em França, contra o Paris Saint-Germain, fomos a penáltis e faltava alguém para marcar a quinta grande penalidade. O Maniche disse que marcava, mas eu lembrei-lhe que já tinha sido substituído. E ele disse-me que o árbitro não dava conta disso. Tirou o fato de treino e marcou o golo da vitória"