"O André e o Frasco diziam-me até os dias em que eu devia fazer amor ou ter sexo"
Futre esteve esta quinta-feira com Juary e Madjer no programa FC Porto em casa, oportunidade para o icónico esquerdino recordar a década de 1980 dos dragões
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A decisiva passagem pelo FC Porto: "Às vezes estou com os meus amigos e eles dizem que, se eu não tivesse ido para o FC Porto, podia ter-me perdido. No FC Porto, o professor João Mota e os jogadores mais velhos como o André e o Frasco, diziam-me até os dias em que eu devia fazer amor ou ter sexo, como quiserem. Se o jogo era ao domingo, fazia segunda, terça e quarta-feira talvez descansasse, e voltava a fazer na quinta-feira. Fiz sempre isto até ao fim da minha carreira. Acredito que 90 por cento dos meus companheiros fizessem o mesmo. Pelos vistos, resultou".
A relação com Pinto da Costa: "Quando eu saía, Pinto da Costa perguntava:, 'Não achas que estás a abusar?? A folga era à segunda-feira e eu saía também à terça e à quarta. Eu ia às discotecas fora do Porto para não me apanharem. Quando ia equipar-me, o Moreno, o roupeiro, não me dava equipamento. O míster também dizia para ir falar com o Papa. Ele dava-me cada bronca, mas depois passava. Quando fui para o Atlético de Madrid, despedimo-nos a chorar. Se ele tivesse dinheiro, não me vendia. Tive dois pais desportivos, o Aurélio Pereira e o Pinto da Costa"