O antigo futebolista, agora com 47 anos, recordou, no programa “O Regresso dos Heróis”, os melhores momentos que viveu ao serviço do Benfica.
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Nuno Gomes foi o mais recente futebolista a ser entrevistado no programa “O Regresso dos Heróis”, iniciativa promovida pelo Benfica.
O antigo ponta de lança, atualmente com 47 anos, recordou os principais momentos que viveu com a camisola encarnada, destacando o golo de Luisão, frente ao Sporting, no Estádio da Luz, a 14 de maio de 2005, na 33ª jornada da I Liga, que permitiu às águias saírem com o triunfo no dérbi (1-0) e conquistarem o título nacional na semana seguinte.
“Um jogo com o Sporting, com um golo do Luisão. Não nos deu o título, mas pôs-nos muito perto. Precisávamos dessa vitória. O ambiente no Estádio da Luz foi fantástico. Depois, na semana seguinte, fomos empatar ao Bessa e selámos o campeonato. Tivemos de fazer a viagem para Lisboa, chegámos muito tarde, mas esse momento é também um episódio marcante”, começou por dizer.
E prosseguiu: “Não só porque foi o meu primeiro campeonato pelo Benfica, que perseguia há muitos anos, mas também porque chegámos às três ou quatro da manhã e o estádio ainda estava cheio de gente. Entrámos no relvado, mas demorámos muito pouco tempo, pois as pessoas invadiram a Luz com a ansiedade de ver os jogadores e de festejar com a equipa. Por razões de segurança, tivemos de recolher e fazer a festa neste espaço e no balneário. Lembro-me perfeitamente de olhar para o relvado e ver o míster Giovanni Trapattoni no ar. Foram momentos bonitos que me marcaram. Estávamos ansiosos por chegar à Luz, mas chegámos muito tarde. Ver o estádio cheio de gente foi marcante”, assinalou.
Nuno Gomes foi o autor do primeiro golo no novo Estádio da Luz e também comentou esse episódio inesquecível da carreira. “Não posso fugir desse primeiro dia. Vou ficar ligado a esse momento, de ter sido o primeiro a marcar um golo no novo estádio. Devo eleger esse momento como um dos mais marcantes, pois vai ficar na história. Em termos de golos, elegia um que fiz ao Nápoles aqui [na Luz], de cabeça. Foi um momento bom para o clube, que coincidiu também com a primeira transmissão televisiva da BTV”, salientou.
Para terminar, o ex-avançado natural de Amarante, que marcou 29 golos em 79 internacionalizações A pela Seleção Nacional, lembrou ainda um tento que apontou diante da Naval, a 14 de novembro de 2010.
“Foi um golo que significou muito. Foi um momento especial porque estava a atravessar um período difícil, tinha perdido o meu pai há pouco tempo, e, a nível pessoal, as coisas também não me estavam a correr bem, estava a ser pouco utilizado. Quando voltei a jogar, depois de o meu pai ter falecido, procurava um golo para lhe dedicar. Sem ele nem a minha mãe, não teria sido o jogador que fui”, assegurou.