Montalegre recebe o Benfica nos oitavos de final da Taça de Portugal.
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Os jogadores do Montalegre que já atingiram uma final da Taça de Portugal ao serviço do Chaves assumem que a receção ao Benfica é uma oportunidade para mostrar "o valor do futebol transmontano". A formação barrosã do Campeonato de Portugal afastou o Águeda na quarta eliminatória da Taça de Portugal de futebol em 25 de novembro e o sorteio dos oitavos de final ditou a receção ao Benfica.
O defesa Vítor Pereira e o médio João Fernandes comparam o trajeto do Montalegre ao realizado na temporada 2009/2010 pelo Chaves, quando atingiu a final no Estádio do Jamor. "Na altura, a história foi acontecendo, fomos passando eliminatória a eliminatória e, quando demos conta, estávamos a lutar pela ida à final, pois jogámos sempre sem pressão", recordou Vítor Pereira.
O defesa-central, de 33 anos, lembra a temporada ao serviço do clube flaviense, que na altura militava no segundo escalão, como "histórica e completamente diferente", após a final da Taça de Portugal perdida para o FC Porto por 2-1.
Para Vítor Pereira estar na final no Jamor é "especial para qualquer jogador, clube e adeptos, independentemente do escalão em que competem". "Naquele plantel tínhamos muitos jogadores transmontanos e essa mística era forte, algo que acontece agora também no Montalegre", lembra o jogador que representou o Chaves num total de quatro temporadas, somando ainda passagens por Freamunde, Tondela, Bragança e Mirandela.
O defesa natural de Chaves está já na história do Montalegre, clube do Campeonato de Portugal, pois fez o golo na terceira eliminatória da Taça de Portugal que ditou o triunfo sobre o Oriental e o atingir pela primeira vez a quarta eliminatória da competição.
Apesar das dificuldades esperadas, Vítor Pereira não atira a 'toalha ao chão' e quer pensar no encontro com o Benfica como "mais uma eliminatória".
"Não é este jogo que vai definir as nossas carreiras e temos de o encarar apenas como mais uma partida, para continuarmos a mostrar o nosso valor", realçou, garantindo haver no plantel valor para atingir outros patamares, mas, para isso, é preciso "mostrar qualidade ao longo de toda a temporada".
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O médio João Fernandes confessa que está a viver "sensações idênticas" em Montalegre, quando recorda o trajeto pelo Desportivo de Chaves na chegada à final da Taça de Portugal. "A ida à final foi um sentimento inexplicável, pois fizemos história e aconteceu poucos dias depois de ter nascido a minha primeira filha", confessou o antigo capitão do Chaves.
Há três épocas ao serviço do Montalegre, João Fernandes lembra que o clube transmontano se tem imposto no futebol nacional e que o trajeto na Taça de Portugal confirma o "bom trabalho desenvolvido". Apesar de encarar o jogo frente ao Benfica como uma oportunidade única para "desfrutar", o médio destaca que o factor casa será "importante para a eliminatória". "Estamos habituados a jogar com frio e em maior altitude e vamos aproveitar isso para criar dificuldades e demonstrar o nosso valor", diz o 'flaviense', que, além de oito temporadas ao serviço do clube da sua terra, representou ainda Feirense, Gondomar e Mirandela.
A recuperar de uma lesão desde uma fase inicial da temporada, o jogador de 35 anos confessa que quer voltar a tempo de dar o contributo frente aos 'encarnados'.
O Montalegre anunciou na sua página oficial do Facebook que a receção frente ao Benfica para os oitavos de final da Taça de Portugal de futebol será em 19 de dezembro, mas não confirmou a hora ou o local.
A autarquia da vila transmontana informou que irá procurar "criar todas as condições" para que o encontro se jogue em Montalegre.
Segundo o presidente da câmara, Orlando Alves, será "importante para o clube e para a região" que o jogo se realize no Estádio Municipal Dr. Diogo Vaz Pereira, a casa do Montalegre.