Licenciado em Arquitetura, um dos cinco adjuntos do novo técnico dos axadrezados estagiou no ateliê de Oscar Niemeyer, no Rio de Janeiro, e trabalhou com Souto de Moura, no Porto
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Lito Vidigal saiu do Boavista há dez dias e entrou Daniel Ramos, que se estreia no comando dos axadrezados no próximo sábado, no Bessa, com o Portimonense. Com o anterior treinador, também saiu um dos seus adjuntos, o professor Neca. E com o novo treinador entrou, curiosamente, o filho do técnico de 68 anos: Pedro Gonçalves, 38 anos, um dos cinco adjuntos da nova equipa técnica axadrezada e que trabalha com Daniel Ramos desde 2016/17, quando este assumiu o comando do Santa Clara, desempenhando na altura o papel de scout no clube açoriano.
Desde então, Daniel Ramos não abdica da colaboração do técnico que tem o II Nível - foi o melhor formando no curso tirado na AF Porto - e que começou no futebol em 2013/14, integrando a equipa técnica do pai, no Atlético. Em 2014/15, Pedro Gonçalves foi para o Barém para ser adjunto de José Garrido no Al-Riffa.
Pedro Gonçalves está com Daniel Ramos desde 2016, começou com o pai, o professor Neca, e antes trabalhou no ateliê de Souto de Moura
Transmitida pelo pai, a paixão pelo futebol foi de tal maneira forte que o adjunto - Jorge Couto, Renato Pontes, Tiago Sousa e Alfredo Castro completam a equipa liderada por Daniel Ramos - decidiu em 2013 deixar a profissão de arquiteto.
Licenciado no Porto, Pedro Gonçalves estagiou no Rio de Janeiro no ateliê de Oscar Niemeyer - falecido em 2012, foi considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna - e trabalhou, na Cidade Invicta, no ateliê de Eduardo Souto de Moura. Mas como o pai o convenceu, há largos anos, que "tal como a arquitetura, o futebol é uma criação permanente da arte", Pedro fez as suas opções e continua a ser um dos homens da confiança de Daniel Ramos.
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