Hélder Duarte trabalhou com o 17 dos portistas no Famalicão e vê-o tirar partido da “maior liberdade”. Em declarações a O JOGO, o antigo adjunto do clube minhoto descreve o espanhol como “tecnicamente sobredotado”. Jogador já paga voto de confiança de André Villas-Boas logo após as eleições.
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O casamento de Iván Jaime com o FC Porto atravessa uma fase de segundas núpcias. Depois do afastamento dos trabalhos da equipa na reta final de 2023/24, o criativo espanhol reentrou nas opções com Vítor Bruno ao leme e, com dois golos nos dois jogos oficiais disputados pelos dragões na nova época - o primeiro “valeu” a Supertaça -, protagoniza o melhor arranque da carreira. O rendimento é fruto de um estado de espírito renovado e, não menos importante, de maior liberdade em campo. A alegria resultante já é, aliás, visível. “O Iván está a provar o valor que tem, que é muito. Parece-me que o treinador está a dar-lhe outra liberdade posicional para pisar terrenos em que se sente mais à vontade. Neste arranque, vê-se a alegria que mostra no jogo, também porque consegue fazer aquilo que gosta: tomar conta das operações”, afirma Hélder Duarte a O JOGO.
O agora treinador do Black Bulls, líder do campeonato de Moçambique, trabalhou com o camisola 17 dos dragões em Famalicão, enquanto adjunto. Conhecedor das qualidades de Iván Jaime, destaca o caráter do jogador. “Sempre teve resiliência. É irreverente, sobredotado a nível técnico e gosta de ser protagonista. Não duvidei de que, à mínima oportunidade, quereria mostrar que houve uma ideia errada sobre a forma de ser dele. Nem sempre temos dias bons, terá acontecido um desentendimento, mas, numa nova fase, quis provar o seu valor”, prossegue Hélder Duarte, depois de ter visto o malaguenho explorar espaços próximos do avançado frente ao Gil Vicente. “Connosco, no Famalicão, dividia a posição de ala direito com o João Carlos Teixeira vindo mais para dentro. Mas acredito que, atuando atrás do avançado, consegue exponenciar a parte técnica e a exploração de espaços. Tem pé direito, pé esquerdo e uma visão e velocidade de execução que, muitas vezes, desbloqueia blocos muito baixos”, acrescenta o técnico português.