"Não tive preparação para lidar com o dinheiro que ganhei. Era chapa ganha, chapa gasta"
Bruno Paixão, antigo árbitro que é suspeito de ter sido subornado pelo Benfica na sequência do processo "Saco Azul", deu uma entrevista à CNN, este domingo.
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Vive de quê hoje em dia? "Estava no Casa Pia. Fiz ponto final na arbitragem em maio do ano passado e fui convidado para ser consultor de arbitragem. E, ao mesmo tempo, exerço a função de motorista de Uber. Acordo todos os dias entre as 3h e 4h da manhã, conduzo normalmente entre as 6h e 10h00/11h00. Chegava ao estádio Pina Manique, fazia as tarefas no clube e voltava a pegar no carro às 16h/17h e trabalhava até às 23h."
Vive de quê agora? Que património tem? "Tenho um apartamento onde não estou a viver, porque devido ao divórcio vive a minha mulher e as minhas filhas. E tenho uma segunda empresa, a Staring at the Sun, onde exerço a atividade de TVDE."
Em 33 anos de carreira não devia ter mais património? "Devia. Foi culpa minha. Nunca tive preparação para lidar com o dinheiro que ganhei. Apercebi-me disso já tarde. Basicamente era chapa ganha, chapa gasta, o dinheiro era canalizado todo para créditos."