Veríssimo perdeu dez pontos em oito jogos. Jorge Jesus oito em 15 partidas. O novo treinador deixou fugir 41,7% dos pontos possíveis, para 17,8% do antecessor. Média de golos marcados e sofridos teve mudança acentuada: de 3,1 para 1,8 e de 0,8 para 1,3, respetivamente.
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A vencer por 2-0 desde os 30 minutos, o Benfica permitiu a recuperação do Boavista e deixou dois pontos no Bessa. Fica agora à mercê de FC Porto e Sporting, que podem este domingo aumentar a vantagem para 12 e seis pontos, respetivamente.
O percalço no recinto axadrezado foi já o quarto nos oito embates com Nélson Veríssimo no comando das águias, que perderam dez pontos desde que Rui Costa optou pela troca de Jorge Jesus pelo então timoneiro da formação secundária, que liderava a II Liga.
Com Veríssimo, o Benfica perdeu dez pontos em oito partidas na Liga - derrotas com FC Porto e Gil Vicente e empates com Moreirense e Boavista -, enquanto Jorge Jesus tinha deixado pelo caminho oito em 15 jornadas, face aos desaires com Portimonense e Sporting e ao empate com o Estoril. Ou seja, o clube da Luz aumentou o desperdício de pontos de 17,8 por cento para 41,7%.
O Benfica passou de uma diferença de quatro pontos para o topo da classificação à 15.ª jornada, ocupada por FC Porto e Sporting em simultâneo, para um atraso agora de nove pontos para os dragões e de três para o rival da Segunda Circular, ainda que tenha mais um jogo - a equipa de Sérgio Conceição desloca-se ao terreno do Moreirense, enquanto os leões recebem o Estoril -, razão pela qual esta pode subir, após a ligeira recuperação com o empate 2-2 no clássico entre FC Porto e Sporting na jornada anterior.
Além dos pontos, a relação do Benfica com os golos também mudou substancialmente. Nas primeiras 15 jornadas tinha faturado 46, para apenas 14 nos oito jogos seguintes. Passou de uma média de 3,1 marcados para 1,8. E nos tentos sofridos houve também uma quebra: dos 0,8 consentidos por partida até à 15.ª jornada, a média com Veríssimo é de 1,3.
Esta foi a primeira perda de pontos de Nélson Veríssimo após estar em vantagem no marcador, sendo que Jesus também deixara fugir um conforto de dois golos, mas na Taça da Liga (3-3 com o V. Guimarães). No campeonato, desde o 2-2 com o Portimonense, com Bruno Lage, em 2019/20 (26.ª jornada, a 10 de junho), que o Benfica não desperdiçava semelhante avanço - nessa época foram quatro as partidas.
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Só Bayern e PSV arrasam mais
O desempenho do Benfica na segunda parte acabou por custar o triunfo no Estádio do Bessa, já que as águias permitiram a reação do Boavista. De tal forma que o conjunto comandado por Petit dominou por completo a partida nos segundos 45 minutos, alvejando a baliza de Vlachodimos como poucas equipas fizeram na presente temporada. Os axadrezados fizeram dez remates na etapa complementar, acertando três no alvo, registo que só dois adversários conseguiram superar em 2021/22: Bayern Munique, a dobrar, e PSV - os bávaros na fase de grupos da Champions, com 13 tiros no jogo na Alemanha e 11 na Luz, e os neerlandeses em Eindhoven (12), no play-off de acesso à prova milionária.
Em Portugal, nem Sporting nem FC Porto atiraram tanto na segunda parte (sete remates e seis, respetivamente, ambos no campeonato), sendo que o V. Guimarães, também na Liga Bwin, fez os mesmos dez disparos que os boavisteiros, mas acertando apenas uma vez na baliza, perdendo por 3-1, no Minho.
A superioridade foi tal que a equipa axadrezada fez mais ataques posicionais (13 para 6) passes (135 para 123) e cruzamentos (10 para 1).
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