Miguel Pedro Guimarães, conhecido adepto do Braga e colunista nas edições de domingo d' O JOGO, considera que perante os resultados do Braga a saída de José Peseiro era inevitável
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O despedimento de José Peseiro era irreversível?
"Em função dos resultados, é um desfecho inevitável. Nunca teve a simpatia da maior parte dos adeptos, mas vinha apresentando resultados razoáveis no campeonato. Não havia qualquer motivo para dar voz aos adeptos. De repente, com as eliminações da Liga Europa e da Taça, tudo piorou para o treinador, que deixou de ter condições desportivas para prosseguir."
O treinador tinha atenuantes?
"As lesões eram, ainda que de forma indireta, uma atenuante. Já fiz um exercício de memória e não me lembro de uma época tão azarada como esta. Basta pensar que o Bruno Wilson, o Artur Jorge e o Xeka, titulares no jogo contra o Covilhã, nem sequer faziam parte da equipa principal no começo da época. Por outro lado, as contratações não resultaram, à exceção do Ricardo Horta."
Há jogadores que ainda não perceberam o que é representar o Braga, como expressou o presidente António Salvador?
"É uma expressão que encerra muito mistério. Não sei se com isso o António Salvador quis dar uma atenuante ao Peseiro. Não sei se ele quis dizer que alguns jogadores fizeram a cama ao treinador, o que seria uma situação grave. De qualquer modo, esta crítica do presidente é preocupante. Os jogadores que correrem o risco de serem dispensados dependerão do novo treinador."