As revelações de Castro, médio de 35 anos, no "Perfil Guerreiro", programa da Next TV, o canal do clube arsenalista
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Dois dias depois de ter renovado contrato, por mais uma época, com o Braga, que representa desde o verão de 2020, Castro foi o convidado do "Perfil Guerreiro", programa da Next TV.
O que faz de si um guerreiro?
"Acho que já trazia o guerreiro dentro de mim quando cheguei ao Braga. A vontade de vencer, tentar evoluir, fazer o melhor para ajudar o grupo, é algo que caracteriza este grande clube. Aprendi a amar, isto no futebol nunca se sabe até quando vai ser, mas isso para mim não é importante. O que é importante é o que eu sinto por este clube e pelas pessoas - porque o clube são as pessoas -, o amor que sinto por este clube é algo que não me vou livrar dele. Vai ficar comigo para a vida. Não digo isto para ficar bem: sou completamente apaixonado pelo Braga e adoro estar aqui, adoro representar este clube e os adeptos, adoro que as pessoas vejam em mim algo bom, que faz parte do Sporting Clube de Braga. A minha imagem, juntamente com a do clube, que até é parecida, e se eu conseguir dentro do campo - jogando muito ou pouco -, contribuir para que as pessoas gostem de mais e ainda mais um pouco do Sporting Clube de Braga serei a pessoa mais feliz do mundo."
Chegou há três anos ao Braga. Como é que tem sido esta viagem?
"Parece que cheguei ontem e agora já vou com 100 jogos e já conheci tantas pessoas maravilhosas. Conheci jogadores e treinadores que me impressionaram. O clube está muito bem organizado, desde de cima, principalmente a escolher os jogadores, os treinadores que traz para aqui. Querem dar o seu contributo, mas querem acrescentar. É um clube que está em crescimento e eu sinto que aqui fazer o bem compensa. Sinto que mesmo que me aconteça alguma coisa de mal este sentimento ninguém me vai apagar."
As brincadeiras que faz no balneário é para integrar os novos jogadores, criar bom ambiente?
"Às vezes, até parece um sonho as pessoas falarem tão bem de mim. Embora eu saiba que isso é real e na verdade acontece. Às vezes nem sei o que pensar. As coisas vão acontecendo e é maravilhoso as pessoas valorizarem a maneira como sou. Sinto-me extremamente feliz por ver as pessoas com este sentimento, são meus amigos (Rui Fonte, por exemplo), gostam de mim, mas se calhar há mais pessoas a pensar assim. Deixa-me orgulhoso por tudo o que é viver no mundo do futebol, que é um mundo difícil, todos queremos ter muito sucesso, queremos tudo para ontem e às vezes construirmos uma amizade é muito mais importante do que tanta outra coisa, como tentar pisar ou tentar passar por cima de alguém. Tentar ajudar e tentar ser competitivo de uma maneira boa é muito mais importante do que outras coisas que as pessoas valorizam."
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Tenta dizer as verdades e ajudar as pessoas?
"De verdades há muitas coisas. Um jogador de futebol sente-se sempre um pouco injustiçado por todos. É uma característica de um jogador de futebol, acha que estão a fazer mais pelo outro do que por mim. Eu às vezes também sou assim, por incrível que pareça. E tento lutar contra mim mesmo e tento pensar que não estão contra mim, se calhar sou eu que tenho de fazer melhor. Se tiver que dizer isso a algum colega que esteja muito negativo, ou a queixar-se que as botas estavam sujas, que o treinador o deveria ter posto a jogar mais um minuto ou devia ter jogado mais dez minutos que outro que não fez golo, e eu digo-lhes "Ó pá não isto é assim, tens de aceitar, estás aqui para jogar". E em termos de conselhos é quando vejo que as coisas vão a correr mal e eu tento que isso não aconteça de maneira que as outras pessoas não percebam. Há coisas que se podem evitar e acreditando que evitando o grupo fluiu melhor e essas coisas são recompensadas para o clube. Haver um bom grupo é algo muito difícil no futebol, mas são as pessoas que têm de fazer com que o grupo seja bom. Se alguma coisas não estiver bem, não deixo passar. Prefiro dizer do que acabar por não dizer, mesmo que fiquem chateados."
Como é que descreve o grupo, a mentalidade da equipa?
"É um grupo sempre pronto a aprender, que já está formado. Quando cheguei senti que já havia organização de grupo. E é fácil entrar no grupo. Há uma ligação entre todos e para isso há pessoas que são como pilares. Vou ter de referir um, porque para mim ele é que simboliza o Braga e do que é viver em Braga, que é o Tiago Sá."
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