"Na Madeira era a poncha que corria mais forte, estava devastado com o Sporting"
Declarações de um dos arguidos do processo do ataque à Academia do Sporting.
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Tiago Silva, um dos arguidos da invasão à Academia do Sporting, falou esta quarta-feira em tribunal. Além de ter revelado alguns pormenores sobre o que se passou no interior das instalações, recordou o desentendimento na Madeira, após o encontro com o Marítimo, que deitou por terra o objetivo do Sporting em chegar à Champions.
"Aquela derrota foi uma falta de respeito para com o universo Sporting, que paga e dedica-se ao clube, mas não tem resposta do outro lado. Dirigi-me ao Acuña quando Battaglia interceta-me e põe-se a falar comigo, a insultar-me. Fiquei sem reação, estava lá um agente da autoridade que me disse para não fazer nada, apesar de ter ouvido os insultos", recordou, falando do excesso de poncha no aeroporto.
"Na Madeira era a poncha que corria mais forte. Claro que há sempre um excesso nestas deslocações, uma cidade nova, é sempre diferente. Estava devastado com toda a situação, mais um ano sem conseguirmos nada", justificou.
Sobre Jesus declarou: "Disse para nos irmos embora porque estavam lá as câmaras e era uma má imagem para o Sporting". E acrescentou: "Na altura julgava-me no direito de contestar, dei tudo ali, tinha feito tudo e do outro lado não via qualquer respeito".
Tiago Silva mostrou-se arrependido: "Foi preciso ir para a prisão para perceber que há vida para além do Sporting".
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