Experiente médio do Braga atingiu o jogo mil na carreira no encontro da Taça de Portugal contra o Benfica
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Após ter assinalado 1000 jogos no encontro da Luz com o Benfica, contabilizando passagens por Sporting, FC Porto, Mónaco, Wolverhampton e Braga, João Moutinho falou aos canais oficiais do clube sobre a sua mudança para a Pedreira, o regresso a Portugal e todas as motivações que o fazem perdurar ao mais alto nível com 37 anos.
A marca atingida foi mote da conversa. "Nunca pensei nesse número, apenas em singrar no futebol, ter uma boa carreira profissional. Consegui chegar à Seleção, ajudando os clubes por onde passasse. Mas pensava só no presente, dando o melhor em prol dos objetivos. Era essa a condição que levava a procurar apenas uma excelente carreira", começou por confessar o médio de 37 anos nesta entrevista. Ficam aqui as principais respostas do homem que, agora, manda no miolo dos minhotos. Incontestável para Artur Jorge.
Impacto destes meses em Braga? "Tem sido uma experiência extraordinária, agradeço a todos pela minha integração aqui, muito positiva. Todos nós queremos sempre mais, nunca estou satisfeito, quero continuar a ganhar jogo e a contribuir para o sucesso da equipa. E, claro, a conquistar títulos. Temos essa capacidade e valor, passa tudo por estar a cem por cento nos treinos para ganhar jogos."
Desejou muito o regresso a Portugal? "Nunca fui de pensar assim tanto no próximo passo, não pensava, por exemplo, se iria sair de Portugal. Olhava ao presente e ao contributo em todas as competições que jogasse. Como sempre dizia o futuro a Deus pertence. Se algo fosse bom para mim e para o clube onde estivesse, logo se pensava e via, se algo aparecesse discutia-se para ser bom para todas as partes."
De fora já tinha um bom conhecimento da força do Braga: "Acompanhava e seguia o campeonato. Tenho tido amigos aqui, companheiros de Seleção, com quem me dava e dou bem. Tenho visto um Braga sempre nos lugares de cima da tabela, mesmo nos anos em que jogava cá era sempre extremamente difícil defrontá-los, criavam muitas dificuldades. E ao longo deste tempo manteve-se em cima a competir muito bem na Liga, na Taça e na Europa. Cheguei a disputar uma final europeia contra o Braga. Percebe-se que é um clube que quer continuar a crescer, cada vez mais a lutar pelo campeonato. É isso que se tem vindo a ver. Dá para perceber por esta academia, pelos títulos na formação , que, antes, não eram prováveis. O Braga forma grandes jogadores e nos seniores queremos conquistar títulos e dar alegrias aos adeptos."
Não esquecendo amigos como Castro, Fonte, Ricardo Horta ou Pizzi, que podem ter exercido influência? "Foi muito importante, falei com eles todos antes de tomar a decisão. Eu já sabia o que ia encontrar, são pessoas em quem tenho confiança, de quem sou amigo. Disseram-me como era o grupo, isso ajudou ou fez com que quisesse vir para cá um bocadinho mais. Não foi só isso, foi também a estrutura, um clube em crescendo a contratar grandes jogadores. Tem demonstrado ambição. Sempre consegui contribuir em todos os clubes e ganhar títulos. É com esse intuito que vim para Braga, o de conquistar coisas grandes."
Irreverência e experiência: "É uma conjugação importante para chegarmos mais longe. A irreverência dos jovens é vital como também a experiência de sabermos que, em certos momentos, não podemos facilitar. É um conjunto de aspetos somados à qualidade e querer de todos. São coisas que temos de meter no campo todos os dias. É com espírito que vamos avançando para darmos alegrias aos adeptos e a nós mesmos, pois somos ambiciosos."
Um clube que vai convivendo com mais pressão, tal e qual a sua carreira: "Claro que sim. a pressão é sempre melhor quando é para vencer títulos, não é a pressão de jogar para não descer, manter, ou para o meio da tabela. Aqui estamos obrigados a pensar em ganhar todos os jogos, temos qualidade para isso, é algo que nos faz ser melhores a cada dia. O Braga mostra-se melhor todos os anos e prossegue com a sua afirmação."