"Matematicamente nada é definitivo para nós"

Na conferência de imprensa de antevisão da partida de sexta-feira, Inácio referiu que Moreirense (15.º classificado) e Braga (quarto) "são duas equipas que precisam de pontos". "O Braga porque quer chegar ao terceiro lugar e nós porque não queremos descer de divisão. Ambas as equipas não alcançaram o que pretendiam no início da época. Nada está perdido e nada está ganho, mas penso que o Braga pensava estar numa situação diferente. A pressão está nas duas equipas", disse.

O treinador dos minhotos referiu que os bracarenses sabem que "o jogo é determinante", porque se perderem em Moreira de Cónegos "perdem praticamente o terceiro lugar para o Paços de Ferreira". Quanto ao Moreirense, Inácio referiu que a vitória é "importante". "Nós se perdermos com o Braga, as coisas ficarão muito complicadas para nós, não impossíveis mas muito difíceis. A vitória é o que mais nos interessa, mas matematicamente nada é definitivo para nós. Diria que se ganharmos os próximos jogos em casa com o Braga e o Setúbal, ficamos na I Liga. Se não ganharmos em casa, poderemos ficar na mesma, mas ficamos com o coração nas mãos", afirmou.

Questionado sobre a decisão da Federação Portuguesa de Futebol de chumbar o alargamento da I Liga, Augusto Inácio disse nunca ter ficado à espera deste modelo para garantir uma "fuga" do Moreirense à despromoção. "Não vou discutir se devia haver ou não, mas não foi uma discussão nada boa para o momento da época em que estamos. Mas para mim é muito mais sério o regulamento. Eu, como treinador de futebol, acho que seria muito mais sério se as últimas três jornadas fossem todas jogadas à mesma hora. Sei que as televisões têm interesses muito grandes, mas nós jogamos numa sexta-feira e o Olhanense e o Beira-Mar jogam no domingo já sabendo o nosso resultado. Tem de se decidir o que prevalece, se os interesses das televisões se os interesses desportivos".