José Tavares, ex-coordenador da formação portista, elogia, em O JOGO, o caráter demonstrado por Martim Fernandes no clássico com o Sporting e explica a precocidade do talentoso defesa
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Os livros de futebol não apontam uma idade para alguém debutar no campeonato, ainda por cima num contexto tão exigente como o de um clássico, mas a precocidade com que Martim Fernandes foi lançado contra o Sporting só surpreende quem não acompanhou com tanta atenção o percurso do jogador de 18 anos, porque a prematuridade esteve à vista quase desde o princípio na formação do FC Porto. Com apenas 15 anos, o lateral-direito já era aposta nos sub-19, aos 16 fazia o primeiro jogo na equipa B e aos 17 na equipa principal.
“O trajeto dele tem sido muito consistente”, afirma a O JOGO José Tavares, responsável pela estreia do defesa nos juniores, olhando para ele como “um talento que continua a ser desenvolvido”, mas também como uma “força da natureza com o espírito do dragão cultivado nele ao longo da vida”. “Mostrou, mais uma vez, o caráter enorme que tem. Perante um momento tão importante na vida do clube, e num jogo tão relevante contra um possível campeão, demonstrar toda aquela personalidade e qualidade só está ao nível de alguém que é predestinado para jogar futebol e que está a ter um desenvolvimento muito cuidado com o clube. Demonstrou que o presente e o futuro do FC Porto também estão lá dentro”, sustenta o técnico dos norte-americanos do Crown Legacy FC e outrora coordenador técnico da formação dos dragões, pelo que o desempenho abre a porta à continuidade no onze frente ao Chaves.