Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, explica na TVI o telefonema com o empresário César Boaventura
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Telefonema de Boaventura: "Não era intenção vender Rui Vitória. Quando fazemos contrato é para cumprir. Antes de mais, não posso deixar de estranhar como aparece uma conversação dessas nos meios de comunicação social. O Rui [Vitória] tem o seu valor, contactaram-nos a dizer que havia uma proposta, disse que havia uma cláusula de rescisão...Já tinha havido conversações. Eles sabiam disso, já tinham falado. Ele tinha uma proposta superior, renovámos depois com ele, estava clarificado há meses e meses quando me disse que queria continuar a treinar no Benfica."
Não cortar as pernas: "Pelas condições que me disseram que iam fazer os contratos, não era eu que iria cortar as pernas ao Rui Vitória. A diferença entre o que recebia no Benfica e ia receber é de oito vezes. Esse vetor família é importante para nós. Não vale a pena entreter, nunca cortei as pernas a um jogador. Com treinadores nunca aconteceu esta situação, de termos propostas muito superiores ao que pagávamos."
Passado de Vitória: "Nos primeiros dois anos conquistou seis títulos. Soma o máximo de pontos, foi bicampeão no Benfica. Os adeptos habituaram-se a ganhar muito. Quando perdemos, não estivemos tão bem. Rui Vitória tem um trabalho fantástico na formação, lançou cerca de 10 jogadores na equipa principal do Benfica e tem sido injustiçado. É o treinador certo para o projeto."
Manter Vitória: "Por minha vontade fica até final do contrato. O Benfica vive pelos próprios meios, quer ser independente. Investiu e continuou a investir milhares na Academia do Seixal. É aquele que acho que tem mais capacidade para liderar o projeto do Benfica. Em dezembro já sabemos o que faremos na próxima época. Além dos que já lançou, tem três ou quatro para a próxima época. Temos uma tendência para o suicídio. O Benfica não pode andar aos ziguezagues, não pode depender de um resultado."