Laterais dão asas ao dragão: Martim, João Mário e Moura em 12 golos do FC Porto
Martim, João Mário e Moura contribuíram para 12 golos. O número já ameaça toda a produção de 2023/24. Na última época, os seis jogadores que passaram pela posição participaram em 18 golos. Já o trio que tem sido utilizado por Vítor Bruno é responsável por mais de um terço da conta na I Liga.
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A preponderância dos laterais no jogo ofensivo do FC Porto continua a crescer, ao ponto de já ser uma séria ameaça a toda a produção destes jogadores na época passada. João Mário, Martim Fernandes e Moura (este até nem começou a época nos dragões) somam, cada um, quatro assistências para golo em todas as competições. Em 2023/24, nos 52 jogos e 100 golos que os azuis e brancos marcaram, seis laterais, Jorge Sánchez, Zaidu, Wendell, João Mendes e, de novo, João e Martim, todos juntos, contribuíram para 18 deles, fundamentalmente através de assistências - João Mário teve dois disparos certeiros e Wendell quatro. Noutra forma de perceber o impacto, mais de um terço dos 27 golos do FC Porto neste campeonato foram servidos pelo trio de laterais, numa influência particularmente evidente nos 4-0 impostos ao Estoril, anteontem, com duas assistências (outra vez) de Martim - ver caixa - e outra de João Mário, três minutos após ter entrado. De resto, das 12 ofertas dos laterais, só duas não foram na I Liga: Moura deu um golo a Samu contra o Bodo/Glimt e João fez o mesmo diante do Manchester United, na Liga Europa.
Ao trio, claro, ainda há que somar a referência a Wendell, o outro lateral-esquerdo de raiz que foi utilizado, mas o brasileiro tem apenas 47 minutos esta época, 22 no campeonato e 25 na Taça de Portugal, contra o Sintrense, em que até foi titular mas teve o azar de sair lesionado. O outro jogador que passou por essa posição foi Galeno, embora não propriamente como lateral puro e sim a fazer todo o corredor, antes de Moura chegar do Famalicão. Nesses jogos, o luso-brasileiro apontou quatro golos, mas três de penálti. O outro foi logo aos 18 segundos do desafio contra o Rio Ave, que também podemos juntar a estas contas. Moura pegou de estaca assim que chegou e só não foi titular contra o Sintrense, enquanto Zaidu vai sendo utilizado na equipa B para recuperar o ritmo após uma longa paragem provocada pela grave lesão que sofreu.