Foi este sábado anunciado como membro da lista de Pinto da Costa, juntamente com António Oliveira e Marta Massada. Deixou algumas notas sobre o projeto
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Transparência e boa governança: "Nova equipa de gestão. O presidente pediu os mais qualificados. Transparência, com a divulgação, não só, das demonstrações financeiras, ou seja, que não seja só das receitas e das despesas, mas também das dívidas e dos investimentos. Vamos ser muito detalhados. Mas mais do que isso, muita transparência. Um comité de auditoria independente e muito alargado, com personalidades não só afetas à nossa lista, mas a todas as sensibilidades do clube. Queremos um clube mais aberto."
Sustentabilidade e crescimento: "Muito se tem tem falado sobre a dívida. Eu, que sou daqueles que acredita nas contas certas, sou dos que pensam que não podemos falar de divida e custos sem falarmos em aumentar receitas. Queremos e vamos, no prazo de dois anos, estabilizar a situação financeira do clube. Vamos refinanciar o passivo através de um instrumento financeiro de 250 M€. Vai permitir-nos reduzir o serviço de dívida, controlar a dívida de curto prazo e manter o clube competitivo para continuar a ganhar, como tem ganho. Dizia-me um amigo que o FC Porto não se resume a um estrato bancário. A grandiosidade do clube não depende de um extrato bancário. Quando olho para essa Europa fora e para um Barcelona, que tem 3 mil milhões de dívida e continua a investir na modernização do clube, no estádio e na equipa, leva-nos a acreditar que só temos um caminho: temos de aumentar as nossas receitar. E temos um plano ambicioso. Em primeiro lugar, vamos queremos internacionalizar ainda mais o clube e a sua marca. Vamos querer academias noutras geografias. Vamos ter presença direta noutras ligas. Vamos querer monetizar o estádio cheio. Dizemos muitas vezes que o lugar mais caro no Estádio do Dragão é o que está vazio. Queremos o estádio cheio. Queremos ampliar o número de adeptos, crescer no merchandising, no e-comerce. Mas queremos também aproveitar esta grande comunidade que é a do FC Porto, que são os sócios, os adeptos, os simpatizantes, e criar um banco digital. Queremos aceder a mais dinheiro, mas também prestar um melhor serviço a sócios e adeptos. Muito se tem falado sobre o controlo de custo. Para terminar, queria dizer que acreditamos que o exemplo tem de vir de cima. O presidente deu a instrução, que todos acompanhámos, que vamos reduzir em 20% os custos totais do clube. Vamos reestruturar empresas, mas mais do que isso, temos de dar o exemplo. Prémios para administradores não vão haver, redução de ordenados, regalias, controlo de custos. Temos de dar o exemplo. Outros eixos da candidatura serão apresentados, sendo que para nós é muito importante colocar o sócio, o adepto, no centro do clube. A experiência do adepto no clube e no estádio é para nós muito importante. Queremos fazer isto tudo no espaço de dois anos e estamos absolutamente convencidos de que muito rapidamente podemos duplicar as receitas e disputar o campeonato e a Liga dos Campeões em condições mais fortes do que estamos a fazer hoje. Sabemos que são ideias arrojadas e ambiciosas, mas como alguém dizia um dia, se custa tanto sonhar alto como sonhar pequeno, vamos sonhar alto."