João Novais recorda a conquista da Taça da Liga e revela algumas histórias da carreira e do balneário do Braga.
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Braga é o maior desafio da carreira até ao momento: "É o maior desafio que tive na carreira. É o patamar mais alto onde cheguei na minha vida desportiva. O Braga é um clube grande em Portugal e isso traz muita responsabilidade. O Braga já tem grandes objetivos em todas as competições em que participa, isso dá gosto a qualquer jogador".
Os colegas que detestam perder e os mais divertidos do Braga: "O Tiago Sá, o Wilson e o Rui Fonte detestam perder, se perdem uma "peladinha" vão à loucura. Divertidos temos muitos, o Ricardo Horta, o Raúl Silva, o Sequeira, temos um núcleo grande de divertidos, temos um grande grupo".
Nome do pai como alcunha: "Os meus colegas chamam-me Abílio. Tive colegas de equipa que jogaram com o meu pai, o Nuno Silva e o Pedras, por exemplo. Havia uma ligação óbvia ao meu pai quando comecei a jogar e isso surgiu naturalmente. O Ricardo Horta e o Sequeira continuam a tratar-me pelo nome do meu pai. Eu levo na brincadeira, não me importo com isso".
As quatro referências: "Sempre tive um fascínio por quatro jogadores: Beckham, Pirlo, Ronaldinho e Fabregas".
Os atletas mais talentosos com quem jogou: "O Fábio Martins a nível técnico é acima da média, é um dos jogadores mais tecnicistas do nosso campeonato. Depois também joguei com o Pelé, que atua agora no Reading, que também me surpreendia bastante a todos níveis, foi um jogador com quem adorei jogar".
Melhor golo da carreira: "O melhor golo da carreira foi ao serviço do Leixões contra a UD Oliveirense. A bola ficou no ar, dominei de peito e sem deixar cair atirei ao ângulo. Foi parecido com o golo do James Rodriguez que foi considerado o melhor golo do Mundial. Lembro-me que o Chiquinho, que agora joga no Benfica, pôs as mãos na cabeça quando fiz aquele golo."
Treinadores que marcaram a sua carreira: "O Horácio Gonçalves e o Pedro Martins marcaram-me muito pelas oportunidades que me deram. O Horácio lançou-me na equipa principal ainda com idade de júnior e o Pedro Martins deu-me a oportunidade de dar o salto para a I Liga. Foram dois treinadores que vão ficar para sempre marcados na minha vida".
Jogo com maior sabor amargo: "O empate com o Zorya em casa para a Liga Europa, custou-me muito. Nós não merecíamos aquele resultado pelo que fizemos na eliminatória. Foi muito duro não ter passado à fase de grupos da Liga Europa na última época".
O pior momento: "Lembro-me que fui chamado à Seleção de Sub-20 para um torneio internacional, podia estrear-me por essa Seleção e, no dia em que me ia concentrar em Lisboa às 22 horas, tive a primeira jornada da II Liga com o Marítimo B. Lesionei-me nesse jogo, fiz um estiramento no joelho que me obrigou a ficar de fora dessa convocatória. Foi o pior momento da minha carreira".
Melhor momento da carreira: "O melhor foi a conquista da Taça da Liga pelo Braga, é um momento inesquecível".