Declarações de Vítor Bruno na antevisão do FC Porto-Hoffenheim, partida da Liga Europa marcada para esta quinta-feira, às 20h00
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Diferença entre jogar Martim Fernandes ou João Mário: “Não posso entregar tudo aqui hoje, se não começo a dar sinais do que pode acontecer amanhã. Depende muito do adversário e de quem joga na frente do lateral. Essa é uma condição importante da qual não nos podemos alhear. O Martim está a fazer o seu percurso e a ter o seu crescimento normal. Até o João Mário, numa recente entrevista, antevê um grande futuro ao Martim. Quando há colegas da própria posição a elogiar o colega, para mim é sinal de unidade que depois se transporta para o campo"
Qualidade a dobrar: "Eles sentem a qualidade que está do outro lado e obriga-os a competir a alto nível para poderem dar resposta em jogo e serem opções regulares no onze. São tão importantes aqueles que começam de início como os que acrescentam a partir do banco. Às vezes o jogo pede que comece um para depois injetar outro que acrescente algo de novo, dependendo do adversário, da estratégia, de quem joga à nossa volta. O Martim Fernandes, no último jogo, teve nuances que não tem levado tanto a jogo, porque sentimos que era o momento ideal para o fazer e testar num espaço diferente com bola do que aquele que habitualmente ocupa. O João Mário é mais de vertical, de linha, de corredor. Também tem essa formação de raiz e recolhendo um pouco mais no campo não perde isso. Mesmo com pequenas adaptações que possamos fazer, ele não vai perder, porque é dele, é inato, cresceu com ele.
Coisas diferentes: " Oferecem coisas diferentes: um joga melhor por dentro, o outro melhor por fora; um é mais acelerador, outro, se calhar, toma melhores decisões mesmo sob pressão; outro, se calhar, no último terço é mais decisivo na forma como assiste colegas; outro, se calhar, é mais robusto a defender. Eles complementam-se. Tentamos em treino fazer com que sintam as dificuldades que têm para tentar melhorá-las. Com o João Mário temos de caminhar num sentido, com o Martim noutro. Há pontos de contacto no que são fragilidades e pontos fortes. Depois, é tentar levar a treino para que melhorem o rendimento com o trabalho diário. Isso é o que nos preocupa e que nos guia. Se joga o Martim Fernandes ou o João Mário, depois depende do adversário, da estratégia, de quem joga à volta deles. E tomamos decisões nesse sentido”.