Bruno de Carvalho apresenta esta sexta-feira o livro "Sem filtro - As histórias dos bastidores da minha presidência".
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Bruno de Carvalho apresenta esta sexta-feira o livro "Sem filtro - As histórias dos bastidores da minha presidência". O antigo presidente do Sporting partilhou as suas memórias de vários episódios no clube, nomeadamente sobre as relações conturbadas com os treinadores Jesualdo Ferreira, Marco Silva -- que ponderou despedir na pré-época de 2014/15 -- e ainda Jorge Jesus.
Relativamente ao atual presidente do Sporting, Frederico Varandas, que liderava o departamento médico do clube, admitiu que este pensasse numa candidatura desde 2016 "quando pagou as quotas em atraso para recuperar o seu número de sócio antigo", numa altura em que aborda o ataque à Academia do clube, em Alcochete.
Neste caso, que designa "o ataque dos lacraus", deixou algumas acusações a Bruno Jacinto, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos, e a André Geraldes, antigo team manager do Sporting, assinalando que foram Jorge Jesus e Frederico Varandas a "potenciar os efeitos negativos" do caso ocorrido em 15 de maio de 2018, sobre a sua direção.
Bruno de Carvalho diz ter-se arrependido de não ter despedido Jesus, antes da final da Taça de Portugal, e que o técnico "deu a possibilidade a Varandas de se armar em salvador da pátria". Segundo o mesmo, terá confrontado o treinador e este respondeu: "Mas a máquina já está em movimento".
"(...) Com o que foi espoletado pelos ataques à Academia, eu e a minha administração passámos a viver num clima de terror. Tudo protagonizado por José Maria Ricciardi, com a forte colaboração de Álvaro Sobrinho, Jaime Marta Soares, Artur Torres Pereira, Sousa Cintra, Frederico Varandas e daquele que tinha sido o nosso treinador. O Jorge tinha razão: a máquina estava mesmo em movimento", detalhou.
Além da suspensão de sócio, Bruno de Carvalho está ainda acusado pelo Ministério Público da autoria moral do ataque à Academia do clube, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes classificados como terrorismo, não quantificados.
No dia 15 de maio, a equipa do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.