Ex-presidente leonino destituído pelos sócios em AG, Bruno de Carvalho, sugere que Frederico Varandas começou a pensar na presidência do clube ainda em 2016, aproveitando a guerra do plantel com Bruno de Carvalho para se começar a movimentar nesse sentido, com apoios de peso
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Bruno de Carvalho sugere, no capítulo 10 do livro "Sem Filtro", denominado "Rebelião made in Varandas", que o atual presidente leonino terá começado a preparar o ataque à liderança do clube muito antes da final da Taça de Portugal perdida com o Aves, e que para tal contou com a ajuda de personalidades como Rogério Alves ou o irmão, João Pedro Varandas. As movimentações nesse sentido, conta o presidente destituído, terão começado com o aproveitamento da crise interna do pós-Madrid, com suposta ajuda e apoio aos jogadores no comunicado em que foi visado.
"Outra nota: também é fácil perceber que não foram os jogadores a escrever aquele comunicado. O que se dizia nos corredores de Alvalade era que a redação do documento contou com a preciosa ajuda de João Pedro Varandas, irmão de Frederico Varandas, que foi vogal do Conselho Diretivo no mandato de Godinho Lopes, em colaboração com Rogério Alves. Os dois são sócios na RA&A, uma empresa de advocacia".
"A ser verdade, isto só mostra que Frederico Varandas começou a sonhar com a presidência do Sporting muito antes da final da Taça de Portugal, em que perdemos contra o Aves, ao contrário do que disse nessa altura quando anunciou que seria candidato. Posso até dizer que acredito que ele tenha começado a alimentar essa ideia ainda em 2016, quando pagou as quotas em atraso para recuperar o seu número de sócio antigo. E convém lembrar que Rogério Alves é o atual presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting e foi eleito pela lista de Frederico Varandas nas últimas eleições. Coincidências? Se tudo aquilo que ouvi nessa altura for verdade, os irmãos Varandas e Rogério Alves, com a ajuda de Jorge Jesus, levaram os jogadores a publicar aquele comunicado e a virarem-se contra mim", escreveu Bruno de Carvalho. E insistiu: "Todas aquelas pessoas que se preparavam para tentar tomar o poder do Sporting começavam a sair da casca. Já aqui lembrei o que ouvi sobre a eventual colaboração dos irmãos Varandas e de Rogério Alves na elaboração do comunicado dos jogadores. E de seguida seria a vez de Jorge Jesus".