Guarda-redes brasileiro ganhou a titularidade na baliza do Benfica.
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A estatística é cristalina, mas nem sempre a sua utilização permite fazer julgamentos corretos, especialmente se a usarmos de forma comparada, como é o caso.
Não havia outra forma de o fazer, mas os números de Vlachodimos não parecem suficientemente bons quando, na realidade, os de Helton Leite é que são extraordinários.
Ter acumulado 715 minutos sem sofrer golos não terá sido, unicamente, mérito do guarda-redes ex-Boavista - e isso nota-se no número de remates consentidos - mas a verdade é que este tem estado a um nível realmente muito bom, que eleva o bom desempenho de Vlachodimos anteriormente e dá, para já, razão a Jorge Jesus.
O menor númer de golos sofridos é a conclusão macro deste trabalho, mas os outros números explicam porquê. Helton defende mais de nove em cada 10 remates que vão à baliza, quando o grego não passava dos oitos, o que também se explica por sair menos da baliza; faz a bola circular melhor, passa melhor ao perto e ao longe e, acima de tudo, tem feito mais milagres. Esse é o número que mais distingue os dois jogadores em oposição. Helton já defendeu quatro golos expectáveis, aquilo que a estatística classifica como oportunidades claras para os adversários. Vlachodimos, em média, nem um evitou. E a diferença pode bom muito ser os pontos que o Benfica desatou a somar... até ontem.