Guarda-redes explicou que deixou de ser jogador do FC Porto por decisão do novo treinador. Não está magoado e, sobre o futuro, admite continuar noutras funções.
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Helton deixou de ser jogador do FC Porto na manhã de terça-feira e à noite, após receber a Medalha de Mérito Cívico pela parte da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (por causa de uma escola de guarda-redes que lidera no concelho), explicou que a decisão foi do novo treinador do FC Porto. Para Nuno Espírito Santo, no entanto, foram só elogios. "Tivemos oportunidade de nos sentar e conversar. Tentámos perceber as condições e gostei da frontalidade com que o míster Nuno conversou comigo. Achei que foi feito de uma forma transparente. Agradeço-lhe ter feito isso", avançou.
Surpreendido pela decisão, e pelo timing da mesma, diz que sai triste, mas de cabeça erguida. "Não tive problemas em sair, porque faço-o de cabeça erguida, embora triste, porque sempre pensei em ajudar o meu clube. Foi um pouco surpreendente, mas encarei da melhor forma. Se a minha ausência vai ajudar o FC Porto a ser campeão, é o que eu quero também", desejou.
Frisando não ter ficado "magoado ou revoltado", Helton gostaria de ter conversado mais cedo. "Perante a relação que tenho com o clube, poderia ter-se conversado antes", atirou.
Agora, quer assinar a rescisão, "sem prejudicar o FC Porto de forma nenhuma. Depois vai decidir se continua a jogar ou se muda já de funções. E, nesse sentido, admite continuar nos dragões. "Se disserem que o Helton não está em condições, é mentira; estou em condições e quero continuar a jogar. Mas tenho 38 anos e não estou com 18, eles têm futuro pela frente, eu não. Ficar ligado à estrutura? Estou aberto e sinto que a própria SAD está aberta para falar comigo", resumiu.